Na noite de Natal, 24 de dezembro, comemoramos o nascimento do menino Jesus. A festividade se estende até o dia seguinte, com presentes em volta da árvore de Natal. Trata-se de um evento de proporções mágicas, de procedência sobrenatural, visto que há mais de dois mil anos, um anjo, um mensageiro de Deus, avisou José: “Filho de Davi, não temas Maria, sua mulher, ela terá um filho gerado, concebido pelo Espírito Santo; e seu nome será Jesus, ‘Deus conosco’”.
“Fique tranquilo, siga na Fé”, teria dito o anjo. São boas novas, alegria para todos. Todavia, o ente espiritual que habita o céu também fez a revelação para alguns pastores que, por sua vez, entenderam ser a realização da profecia sobre a chegada do Messias, o redentor prometido no Antigo Testamento; o que seria uma nova aliança com Deus, o princípio supremo, o ser infinito, o criador do universo, pelo ponto de vista de várias religiões.
Helena Blavatsky, em seu livro “A Doutrina Secreta”, menciona sobre a cosmogonia, o sistema hipotético da formação do universo. Existem várias interpretações. Segundo a autora, elas estão repletas de narrativas de vários povos da antiguidade, como nos Vedas, o povo hindu, da Índia, ou como a do Imperador de Jade, na China; até mesmo em versões tupiniquins, dos indígenas brasileiros, sobre a misteriosa origem do universo.
Por sua vez, Ramakrishna, um sábio guru indiano, do século XIX, considerava Cristo o maior mestre de todos os tempos e afirmava que todas as manifestações religiosas e espirituais levam até Deus. Já nas Sagradas Escrituras foi nos ensinado que essa intermediação entre Deus e o homem é feita por Jesus Cristo.
O seu nascimento, na cultura ocidental, deu origem à tradicional festa de Natal. Foi uma profecia, um vaticínio, do Antigo Testamento, um sinal poderoso, que surgiu por meio de uma estrela, vinda do oriente, que despertou sacerdotes, mestres e sábios da Pérsia, da Babilônia e provavelmente do Egito. Devido aos seus dons, pela percepção de espíritos elevados, pressentiram a chegada do Cristo, que fora anunciada a eles, talvez, por um anjo do céu.
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Era no tempo de Herodes, amigo de Marco Antônio, tornado rei dos hebreus pelos romanos, mas algo intrigava. Sentia-se ameaçado por uma profecia, o seu maior temor: um menino que teria seu lugar como rei dos judeus. Então, os três reis magos, em comitiva, Melquior, Baltazar e Gaspar, lhe visitaram, por ocasião das boas novas. Entretanto, era o que o soberano mais temia. Ele ficou intrigado, não quis revelar seu medo, mas sentiu-se mordido. Com toda sua majestade, se passou por dissimulado: “Ide e informai-vos sobre o menino quando o encontrares, comunicai-me, para que possa adorá-lo também”.
Por sua vez, os três reis magos, com o desconhecimento de Herodes sobre o paradeiro do menino, continuaram a seguir a estrela do oriente até Belém, onde encontraram o Menino Jesus em uma manjedoura, com Maria e José, no que se tornou a clássica cena do presépio. Melquior, Baltazar e Gaspar traziam presentes, os seus tesouros: ouro, mirra e incenso; para louvar a chegada do Cristo que trazia para o mundo a mensagem para se afastar do mal e aproximar-se do bem; e amar uns aos outros.
Hoje, em todo o planeta, mais de dois mil anos depois, cantamos “Noite Feliz” para celebrarmos o Natal, o nascimento de Jesus Cristo, em um momento de irmanização, alegria, de troca de presentes, expressando a esperança de um mundo bem mais legal e fraterno. Feliz Natal. Boas festas!