Quando falamos em Coaching, estamos falando sobre conhecer a si mesmo, trabalhar a autoestima para despertar potenciais e melhorar resultados. Este foco no eu faz com que muitas pessoas acreditem que possa haver aí um risco de se desenvolver o “egocentrismo” ou “narcisismo” ao passar por este processo.
A preocupação pode até ser válida, entretanto, um processo de Coaching bem feito nada tem a ver com o desenvolvimento destas características. Tudo começa pela autoestima, nossas realizações não irão ultrapassar nossa autoimagem, portanto, a autoestima não só é natural como é totalmente saudável. Não acredito no conceito de excesso de autoestima, e sim na falta dela. Tanto aqueles que tomam atitudes de se diminuir ou de se engrandecer diante dos outros sofrem do mesmo mal: a falta de autoestima.
De acordo com o psiquiatra Christophe André , “autoestima é o que penso a meu respeito, como me sinto com meus pensamentos e o que faço da minha vida a partir disto”. Se meus pensamentos, sentimentos e ações não estiverem em harmonia comigo mesmo, como poderei contribuir positivamente com os outros? Sendo assim, focar em si mesmo, no desenvolvimento pessoal, em nada contribui para o egocentrismo ou o egoísmo, é justamente o contrário. Pensar excessivamente em si mesmo não é sintoma de excesso de autoestima, e sim de falta dela.
É quando não conhecemos e não aceitamos a nós mesmos que existe a necessidade de “inflar o ego”, de viver da opinião e aprovação do outro, de se exibir, se demonstrar habilidades, sentimentos e qualidades que nem sempre possuímos para que possamos atender esta necessidade de aprovação.
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Ter uma boa autoestima não quer dizer sentir-se melhor que o outro, mais bonito, mais inteligente ou mais importante. Quem possui autoestima saudável aceita-se, não como forma de tolerância ou resignação, mas sim sabendo que aceitar-se hoje é a melhor forma de continuar mudando amanhã.
Quanto melhor for a minha autoestima, melhor será meu relacionamento comigo mesmo, e, desta forma, posso encarar as pessoas sem julgar, posso ajudar sem cobrar, posso fazer sem medo de críticas, posso, enfim, me preocupar em viver a vida de forma mais leve e plena, melhorando o mundo com relacionamentos mais saudáveis, no trabalho, na vida afetiva e em comunidade.
Em uma escala de 0 a 10, como vai sua autoestima?