Para entender a vida, precisamos primeiramente compreender que somos espíritos imortais; que já vivemos muitas vidas neste planeta, em outros mundos, quer sejam planetas, luas ou estrelas; que a morte física é apenas uma etapa que nos remete à erraticidade (período entre vidas físicas), onde fazemos a avaliação das experiências boas e más vivenciadas aqui na Terra.
Precisamos compreender que, ao voltar a encarnar, somos brindados com o véu do esquecimento, pois a Terra é um mundo de consciência, de criação, semelhante à uma escola, onde aprendemos, erramos, acertamos, e somos submetidos constantemente a provas de avaliação. E aqui reencontramos as almas que também já andaram junto conosco em vidas passadas.
Os nossos maiores inimigos, pelo plano conjunto de reencarnação, trazemos o mais próximo possível, ou seja, como familiares: pais, filhos, irmãos, parentes próximos e cônjuges. Depois, vem os menos carmáticos: vizinhos, amigos mais íntimos, professores, alunos, chefes, colegas de trabalho. E por último, aqueles que pouca convivência em vidas passadas tivemos, ou que nada significou. São as pessoas que passam pela nossa existência atual sem muita importância.
A tecnologia, a ciência, os meios de transporte e as comunicações aproximaram de tal forma as pessoas que hoje podemos encontrar todas aquelas que precisamos para consertar nossos erros do passado. As redes sociais fazem isso muito bem. E aqui eu quero colocar, segundo a visão espiritual, uma informação que poucos se deram conta. Trata-se das relações virtuais.
Como estamos num final de ciclo evolutivo, precisamos acelerar os resgates e os acertos de contas com nossos desafetos do passado. O tempo urge. Somente a tecnologia de hoje poderia possibilitar esse acerto de contas em massa.
Aqui entra todos os tipos de relacionamentos citados no início deste texto. Mas vou me ater apenas nas redes sociais. Vamos fazer um teste: entre na sua lista de amigos e vá passando um por um. Pare em cada um deles, olhe a foto e se concentre por um momento.
Concentre-se apenas no rosto da pessoa. Sinta a emoção que vem lá de dentro de ti. Vais perceber que cada um tem uma vibração diferente: uns nada significam, mas outros têm muita emoção no campo vibracional. Medo, tristeza, raiva, culpa, dor, alegria, carinho, tesão, amor….. E é aí que está o “xis” da questão.
Dificilmente adicionamos pessoas que tivemos muitas desavenças nas vidas passadas, por isso é mais difícil de sentir aversão por alguém da nossa lista. Aqueles que estão lá são mais simpáticos para nós, mesmo sem nunca ter visto antes essa pessoa. Por alguns, nutrimos verdadeira paixão, mesmo que nunca nos encontremos pessoalmente. E olha que nem sempre é pela beleza física, pois, como acontece na vida real, o que vale é o sentimento mesmo.
Na verdade, a atração é um dispositivo do espírito para que duas pessoas se encontrem e, depois de firmado os laços, comecem a trabalhar as suas pendências carmáticas. São as contrariedades que as pessoas encontram depois nos relacionamentos, como todos já sabem. E têm algumas pessoas que dá vontade de buscar e trazer no colo para a nossa casa. Sentimos algo tão grandioso que estamos sempre acompanhando seus posts, suas mensagens, ou, no mínimo, olhando seu perfil a cada poucos dias.
Essas são realmente as pessoas as quais tivemos muita proximidade positiva em vidas passadas. Ou foram cônjuge, ou pais, ou irmãos, ou ainda um amigo muito especial. Seriam pessoas que fatalmente encontraríamos em vidas futuras caso o ciclo não estivesse se fechando agora. Como tudo vai mudar, a tecnologia veio para ajudar esses reencontros e realizá-los todos numa mesma existência.
Como lidar com isso? Primeiramente, entendendo o porquê de tudo isso, e porque nos é possibilitado; segundo, desenvolvendo o amor incondicional, ou seja, sem nenhuma condição. Apenas amar. Respeitar. Sentir as boas emoções, mas sem causar nenhum conflito ou prejuízo a quem quer que seja. Geralmente, as relações amorosas são de fato carmáticas, tanto que sempre haverá brigas e divergências dentro de um relacionamento, por mais harmonioso que seja.
Virtualmente, só sentimos a parte boa, pois não há um convívio onde as brigas teriam oportunidade de fazer os ajustes das vidas passadas. E isso está sendo um grande problema nos dias de hoje. As pessoas estão proporcionando a si mesmas oportunidades de novas relações, mas também está ocorrendo muitos rompimentos nos relacionamentos reais, justamente em virtude desta facilidade virtual de encontrar pessoas sem sair de casa.
O certo é que a grande maioria está disponível nessas redes sociais, mas tem também muita gente em bons relacionamentos reais e esses precisam ser respeitados. Não podemos interferir nas decisões dos outros, pois lá adiante seremos responsabilizados pela Justiça Divina, que nos cobrará a dor que causamos.
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É necessário compreender que ali pode estar um grande amor do passado, mas nem por isso a pessoa está disponível no momento, pois agora é outra realidade. E, quando as pessoas sentem afinidade e estão desimpedidas, também é uma grande oportunidade de se ganhar tempo e viver, sim, uma realidade surgida na virtualidade. Por que não?
Tenham todos uma boa semana!