Autoconhecimento Ho'oponopono

O mundo é o que você pensa que ele é – o 1º princípio Huna

Ho’oponopono
Escrito por Leticia Vidigal

Há alguns anos entrei em contato com o Ho’oponopono e com uma forma completamente diferente de perceber o que acontece na minha vida.

Quando nasci, acreditei que o mundo estava posto, pronto e estabelecido conforme eu o percebia através dos meus cinco sentidos. Jamais poderia imaginar que eu o enxergava de acordo com o que eu acreditava. Eu imaginava o contrário: o mundo é como ele é e, a partir disso, minhas crenças vão sendo estabelecidas.

Através do meu contato com o Ho’oponopono fui percebendo algo muito diferente. Para os antigos povos polinésios que chegaram nas ilhas conhecidas hoje por Havaí, o mundo nada mais era do que uma projeção do que cada um carregava dentro de si. Ou seja, o mundo não estava pronto, mas estava em constante formação e transformação a partir do que cada ser enxergava.

Esses povos se estabeleceram nas ilhas e não possuíam uma palavra para “natureza”, por exemplo. Para eles, o local onde eles viviam era apenas uma extensão de si mesmos. Afinal, somos seres espirituais em uma experiência física e ela pode ter a extensão do corpo que habitamos ou de toda a área ao nosso redor. Para essa forma de perceber a vida, esses povos definiram alguns princípios, hoje conhecidos como princípios Huna.

Os princípios Huna são sete: Ike, Kala, Manawa, Aloha, Mana e Pono, cada um repleto de um forte significado e entendimento da vida. Hoje vou falar do primeiro deles: Ike. A tradução de Ike é consciência, conhecimento. Seu significado é: o mundo é o que você pensa que ele é. Dessa forma, não vemos para crer, mas vemos o que cremos.

Apesar de ser muito difícil pensarmos que o mundo é o que acreditamos que ele seja (e não apenas o que ele é) podemos analisar a seguinte história: um pescador pescava próximo a uma pequena cidade quando um estrangeiro o abordou e perguntou a ele: “Senhor, como é a próxima cidade?”. O pescador respondeu com outra pergunta: “Como é a cidade de onde o senhor vem?”. O estrangeiro respondeu: “Ela é muito boa. Lá vivem pessoas gentis e simpáticas”. E o pescador disse: “Pois a próxima cidade é exatamente assim”.

Logo em seguida, outro estrangeiro se aproximou do pescador e fez a mesma pergunta: “Senhor, como é a próxima cidade?”. E o pescador também lhe perguntou: “Como é a cidade de onde o senhor vem?”. O estrangeiro respondeu: “Não muito boa. As pessoas são grosseiras e não podemos confiar nelas”. E o pescador lhe disse: “A próxima cidade é exatamente assim”.

O pescador falava da mesma cidade, mas ele sabia que cada um dos estrangeiros iria percebê-la conforme as crenças que carregava dentro de si sobre as pessoas, sobre o mundo e sobre a vida.

Neste caso, basta mudarmos o que acreditamos para o mundo mudar? Modificar crenças não é algo que ocorre de um dia para o outro e exige também uma mudança de comportamento. Não podemos caminhar pensando: vamos ver se isso funciona mesmo e, quando algo de ruim ocorre, pensar: ah, eu sabia que isso não dava certo.

Minha resposta para essa pergunta é sim, mas a transformação interna tem que ocorrer. Primeiro, precisamos acreditar que o mundo é bom. Quando essa transformação ocorre e realmente acreditamos nisso passamos a vibrar uma energia positiva e ela passa a se conectar com o mesmo tipo de energia. Somos atraídos para situações e pessoas que nos comprovam o que acreditamos.

Além disso, a vibração é algo que ultrapassa o nosso corpo e se espalha no ambiente. Passamos a transmiti-la para outras pessoas, para os lugares que visitamos e para o mundo. E cada vez mais iremos a lugares, encontraremos mais pessoas e teremos ainda mais certeza de que o mundo é um lugar bom.

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Como podemos começar essa transformação interna? Como Ho’oponopono Practitioner, minha sugestão é: comece pelo Ho’oponopono. Repita as frases eu sinto muito, me perdoe, te amo, sou grata, todos os dias, sempre. Purifique memórias, registros e suas crenças que lhe impedem de perceber o quanto o mundo é bom e o quanto a vida é boa. Comece por você a transformação que você deseja ver no mundo. Tenho certeza de que ele irá se transformar.

Muita luz! Aloha!

Sobre o autor

Leticia Vidigal

Letícia Vidigal é educadora, com mais de 20 anos de experiência em diversas áreas da educação.

Seu primeiro contato com o Ho'oponopono foi através das frases "sinto muito, me perdoe, te amo e sou grata".

Por algum motivo, elas a levaram a pesquisar mais sobre esse assunto, na época, muito pouco conhecido no Brasil.

O primeiro livro lido foi Limite Zero de Joe Vitale em pdf. computador, pois era impossível encontrá-lo nas livrarias.

Depois dessa leitura, vieram muitas outras e o 1o curso de Ho'oponopono, Zero Limits (online), com Joe Vitale e o Dr. Hew Len aconteceu em 2015.

A partir daí, Letícia realizou mais 3 cursos internacionais de Ho'oponopono: Ho'oponopono Básico pelo IZI LLC, Básico e Avançado pela Pacifica Seminars e Avançado pela Global Science Foundation.

Ela é autora do Oráculo Ho'oponopono (hoje esgotado), ilustrado pela sua sobrinha Marie Amorim, escreve e-books, dá cursos online e presenciais, oferece jornadas e promove vivências de Ho'oponopono e de rituais xamânicos.

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