Dia desses, tive acesso a uma entrevista da Louise Hay em que ela fala sobre a sua experiência com o EFT (do inglês: Emotion Freedom Technique ou Técnica de Liberação emocional). Nesse método, você toca os meridianos para lidar com estados emocionais. Ela procurou a EFT levada pela necessidade de curar uma dor no pescoço. Um vídeo de 10 minutos que me levou a vários insights.
Primeiro que, neste vídeo, ela, Louise Hay, uma mestra, se coloca na posição de paciente. Ela reconhece que a dor no seu pescoço significava que algo ainda não havia sido completamente perdoado (uma violência que seu padrasto cometeu contra ela, segurando-a pelo pescoço), e procurou ajuda. Mesmo com todo o trabalho interno que ela faz, ainda havia, aos 90 anos, coisas a serem trabalhadas. Quando o terapeuta perguntou por que ela achava que aquilo havia voltado a esta altura da vida, ela respondeu: “Talvez eu tenha arrumado mais uma forma de me punir. Ser punida pra mim era uma forma de viver.”
Segundo: ela não procurou nenhuma explicação racional para o porquê da técnica funcionar, simplesmente confiou que se o EFT envolve um toque no corpo, então ele estava mandando uma mensagem para o físico se curar, e sabia que através do corpo ela ia curar uma emoção, um padrão e até um carma. E, no final, quando o terapeuta compartilhou com ela o uso da EFT para procrastinação, ela sugeriu que quando não sentimos vontade de fazer o que é necessário, podemos olhar no espelho e perguntar: “O que, então, eu quero fazer?”.
Eu tenho feito esse exercício e é milagroso: a minha sabedoria me guia para o que realmente merece minha atenção naquele momento (pode ser que seja simplesmente andar um pouco) e depois ou eu volto com vontade renovada, ou o que eu não queria fazer acaba resolvendo-se sozinho.
Pra mim, essa pequena pergunta contém tanta coisa: confiança no Universo e no meu Eu, desapego do resultado, não querer controlar tudo, aceitar o que é, estar presente. E, por último, ao fazer esta pergunta, Louise Hay se torna terapeuta de novo. É uma representação perfeita dos papéis que assumimos na vida.
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Nós, como terapeutas, às vezes achamos que é esperado de nós sermos perfeitos, não ficarmos doentes, não falharmos na nossa busca. A verdade é que se estamos encarnados, ainda estamos aprendendo até o último minuto. Isso não nos faz menos terapeutas. Ao contrário, quando aprendemos aquela lição, temos mais uma ferramenta para ajudar o próximo.