Silvia de Aquino está na Espanha para receber o novo netinho, que deve chegar em breve, e nos contou como está sendo comemorado o Dia das Mulheres lá. Será muito diferente daqui?
A greve feminista na Catalunha.
Hoje, dia Internacional das Mulheres, as catalãs (assim como as espanholas de outras regiões) estão em greve para mostrar que sem as mulheres o mundo para!
Querem ser reconhecidas pelo trabalho que fazem – o trabalho doméstico e com os filhos, que permite aos homens trabalharem em tempo integral, sem se preocuparem com arrumação de casa, comida e atendimento às mínimas necessidades das crianças – como levar à escola, ver as tarefas, faltar ao trabalho quando os filhos adoecem e muitas cositas más.
Querem as mesmas oportunidades de trabalho, com salários iguais para homens e mulheres na mesma função. E podem dizer que embora hoje a diferença salarial entre os sexos seja de 12%, já foi bem maior: 18% há dez anos. É uma vitória, mas não uma guerra ganha.
Querem que os índices de feminicídio na Espanha diminuam, no ano passado quase 50 mulheres foram mortas por seus companheiros, ou ex-companheiros.
E hoje, na feira semanal em Sant Cugat del Valles (Catalunha), algumas barracas de mulheres não foram armadas, algumas lojas não abriram. Pela manhã, uma minipasseata de jovens mulheres desfilou pela rua principal da cidade, com palavras de ordem incitando à união e participação na greve.
E o mais interessante são os homens discutindo esse novo posicionamento: alguns riem, outros concordam, outros acham bobagem. Mas com certeza, no fundo, no fundo, temem por seu futuro caso não colaborem para ajudar as mulheres nessa luta mais do que justa.
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Escrito por Silvia de Aquino