Sabemos quão importantes são os primeiros anos de vida para o desenvolvimento físico, mental e emocional das crianças. É a fase do despertar, em que os movimentos corporais são soltos, leves e flexíveis. O ambiente é explorado pelos sentidos, de maneira a favorecer a criatividade.
Os gestos são dirigidos pela curiosidade aos estímulos externos e capacidade de controle desenvolvida, e perto dos três anos o domínio da fala é adquirido. Quando a criança começa a vida escolar, é apresentada, de modo geral, a sistemas menos flexíveis de aprendizagem. Atividades mais direcionadas e menos espontâneas passam a fazer parte do seu universo.
O tempo mítico é substituído pelo tempo do relógio. Ao apresentar vivências de Yoga para crianças de dois a seis anos, por meio de brincadeiras e jogos cooperativos, educadores e pais podem “prolongar” os momentos de descobertas. Brincando, a criança vai exercitando a imaginação, experimentando, vivendo os resultados de suas ações, trilhando os primeiros passos para a autogestão.
A repetição de aulas, histórias, posturas de animais, jogos e danças, são atividades que os pequenos gostam de repetir. Vale ressaltar que o papel do adulto é facilitar o processo de aprendizagem, observando os movimentos, gestos, interesses, relacionamentos e sentimentos das crianças e, aos poucos, inspirar vivências de Yoga que ajudem a criança a respirar melhor, aceitar que cada um é um, que não existe certo ou errado na realização das posturas e que brincar é um antídoto para reduzir situações de tensão e medo.
Experimentar o Yoga em ambiente escolar é benéfico para as crianças, quando associado a alimentação saudável, relacionamentos afetuosos e prática de valores. Compreender e sentir o que desejamos para o desenvolvimento integral de crianças é essencial, muito além de oferecer atividades que trazem distração “para passar o tempo”!
“A criança possui suas próprias leis de crescimento e se quisermos ajudá-la a crescer, nós devemos segui-la ao invés de nos impormos a ela.” (Maria Montessori)
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