“Qual o ser humano que tem se aventurado na busca por saber sobre si?”
Eu, você, nós, todos já passamos, estamos passando ou passaremos por reflexões profundas sobre nossa existência em busca de nossa essência. Nenhum crescimento vem sem uma boa dose de experiências (positivas ou negativas), mas que nos fazem avaliar aquilo que vivemos: o que é real, o que é ilusão?
Por meio de uma personagem anônima, simplesmente denominada Mulher Quebrada, Daiana Barasa, autora do livro “Mulher Quebrada” nos traz uma obra que “é uma aventura de um ser humano dentro dele mesmo”, segundo suas próprias palavras.
Uma personagem que pode muito bem se acomodar tanto numa figura feminina quanto numa masculina. Mais importante que o gênero é o processo de questionamento, de busca de si mesmo, desse mergulhar para dentro de si.
Sensações de inexistência, de morte ou da falta de vida são refletidas por alguém que se sente em pedaços, quebrada. Optando pela vida a personagem vai em busca da restauração, dando início ao processo do autoconhecimento.
Escolher a vida a faz viver entre dois mundos: o dos sonhos, que a coloca em contato com simbologias e com a percepção de si mesma, e o mundo real, que em sua visão se torna muitas vezes o mundo ilusório. Existe veracidade no mundo dos sonhos? Por que ele é muitas vezes mais vivo e verdadeiro que a “realidade”? Que pedaço de nós ele nos mostra? Não estaria ali nossa verdadeira essência? Seria isso o mundo dos sonhos ou o nosso verdadeiro mundo?
A Mulher Quebrada optou por ser inteira, compreender-se na integralidade de sua alma. Para isso é preciso se quebrar para, só então se restaurar. Estar quebrado faz parte da tentativa de acertar, mas acertar para quem? Atender às expectativas da sociedade, dos outros?
“Mulher Quebrada” é, segundo Daiana, uma narrativa psicológica que revela a profundidade de uma personagem que, assim como muitos de nós, se dá conta de que estando quebrada, precisa recolher os pedaços, se reorganizar de maneira que as coisas adquiram um novo sentido.
Sabemos que quando reconstruímos algo, algumas partes perderão o sentido, outras ganharão novos, e o resultado final é um mosaico com novos formatos, percepções e vivências.
Conversei com Daiana Barasa, jornalista e escritora que está lançando seu segundo livro “Mulher Quebrada”, em São Paulo e em Portugal, concomitantemente. Daiana Barasa é jornalista (e escritora antes de tudo). Autora dos livros Na Atemporalidade das Palavras – o brio, o vento e o talvez, pela Cia do eBook e da obra Mulher Quebrada, pela Chiado Editora.
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O relacionamento mais importante para ela no mundo é o que mantém com as palavras. Acredita que quando trabalha para o fomento à literatura, de alguma forma está contribuindo para levar luz às almas por meio de histórias.
Contato: daiana_barasa@hotmail.com