Autoconhecimento

As profissões de ontem, de hoje e de amanhã

Mesa com cadernos e papéis coloridos.
seventyfour74 / 123rf
Escrito por Luis Lemos

Para garantir o sucesso pessoal e profissional, é preciso comunicar-se bem com todos, manter-se atualizado, motivado, saber trabalhar em equipe e, principalmente, ser ético.

Você já parou para pensar que algumas profissões do passado não existem mais e que algumas profissões de hoje não existirão amanhã? Será que a sua profissão, a profissão que você exerce hoje, sobreviverá aos avanços da ciência e da tecnologia? Para você, que valores são imprescindíveis no mercado de trabalho? Em um ambiente altamente competitivo, será que ainda existe espaço para a solidariedade, o companheirismo e a amizade? Que características definem um bom profissional? Quer saber um pouco mais sobre estas e outras questões, continue lendo este artigo! Aqui, você aprenderá, por exemplo, que a ética é a chave para o sucesso ou o fracasso de muitas profissões e de muitos trabalhadores. Boa leitura!

Primeiramente, é preciso dizer que a palavra profissão vem do latim “professĭo” e significa “professar”. Aquele que professa uma fé, por exemplo, é um profissional. No entanto profissão significa “exercer um ofício, uma ciência ou uma arte”, literalmente. Em outras palavras: “profissão é o emprego ou o trabalho que alguém exerce e pelo qual recebe uma retribuição econômica”. O problema é que com o avanço tecnológico e a globalização, aproveitamos o nosso tempo para produzir mais, aumentar resultados e ultrapassar as metas, atropelando toda e qualquer prática gentil.

A sensação de “escassez” de gentileza dentro das organizações parece ser algo cada vez mais comum, especialmente naquelas companhias que enfrentam o desafio de aumentar a produtividade e manter o bem-estar de seus colaboradores simultaneamente. O homem enquanto “máquina” aliena-se aos meios de produção e torna-se uma “peça” na engrenagem capitalista, mas o homem nem sempre foi assim…

Pessoas escrevendo numa folha, com laptops a frente.
Scott Graham / Unsplash

O homem antigo, por exemplo, vivia em harmonia com a natureza, isso é, ele tirava da natureza apenas o que precisava para sobreviver. Não existia ainda a noção de excedente. Com o passar do tempo, principalmente com a chegada do Iluminismo, o homem muda a sua visão de mundo e ele se eleva para um patamar acima dos outros animais.

Diferente da racionalidade dos outros bichos, a racionalidade humana permite que a sociedade “evolua”. Com isso, novas profissões vão surgir. O que antes era suficiente para o homem, agora não é mais. Surgem as novas necessidades, principalmente de consumo, e com elas, as novas profissões.

Na Idade Antiga, as profissões que se destacavam eram o Pastor que pastoreava os animais, o Carniceiro que vendia carne, o Cirieiro fazia velas, o Pergaminheiro fazia os pergaminhos. Na Idade Média, existia o Ferreiro que fazia o escudo, espada e armadura, o Padre que rezava a missa, o Químico que transformava o cobre e o zinco, o Inquisidor que julgava os incrédulos, os Ourives que faziam joias, o Vidreiro fazia vidro, o Canteiro trabalhava a pedra…

Na Idade Moderna, tudo se transforma! Ocorrem duas grandes rupturas: a ruptura religiosa, com Martinho Lutero, e a ruptura filosófica, com René Descartes. Com isso, profissões como Entregador de leite, Arrumador de pinos de boliche, Despertador humano, Cortador de gelo, Escutador de artilharia aérea inimiga (pré-radar), Caçador de ratos, Acendedor de lampiões, Operador de telefonia, Coletor de cadáveres para universidade e Leitor para entreter trabalhadores da indústria deixam de existir.

Dessa forma, o avanço tecnológico extermina profissões na mesma velocidade que cria novas, exigindo cada vez mais domínio técnico em substituição à força física ou uso do corpo como maquinário. Hoje, mais do que em qualquer outro tempo, o profissional tem que ser multiplicador de conhecimento e conhecer diversas funções para poder administrar novos conceitos e exercer funções diferenciadas dentro das empresas. Atualmente, para garantir sucesso pessoal e profissional, é preciso comunicar-se bem com todos, manter-se atualizado, motivado, saber trabalhar em equipe e, principalmente, ser ético.

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Definitivamente, os seres humanos são capazes de se aperfeiçoar (melhorar) ao longo do tempo, de evoluir como pessoa e como sociedade. A ética enquanto ciência do comportamento moral deve ser o campo atual dos homens em sociedade. Dessa forma, a profissão, ou o profissional que conseguir unir ética e tecnologia, estará garantindo o seu lugar no futuro. Em tempos tão incertos, a ética aparece como o bem mais precioso da sociedade atual. Enfim, o caminho da felicidade humana é, então, a ética. Somente a ética pode salva a humanidade da barbárie.

Sobre o autor

Luis Lemos

Luís Lemos é filósofo, professor, autor, entre outras obras, de “Jesus e Ajuricaba na Terra das Amazonas – Histórias do Universo Amazônico” e “Filhos da Quarentena – A esperança de viver novamente”.

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