É inegável que a escola é importante, ela ajuda a moldar nosso caráter (dependendo da realidade escolar, nem sempre para o bem) e nos ensina alguns valores. Agora, o que me deixa abismada é uma pessoa passar mais de 11 anos da sua vida enfurnada entre 4 paredes, achando que será educada para a vida, e sair de lá sem saber algo verdadeiramente útil para a realidade.
Aprender matemática, física, português, biologia e tantas outras matérias é importante para que possamos passar num vestibular e conquistar uma vaga na faculdade, mas a realidade é que os estudantes se formam no terceiro ano, já jovens adultos, e a maior parte deles não sabe fazer nada realmente relevante.
Muitos de nós saem do ambiente escolar sem saber como cozinhar, identificar quais são as propriedades dos alimentos que poderiam ajudar numa gripe ou dor de estômago, costurar, diferenciar produtos de limpeza, lavar uma roupa (por mais que se resuma a apertar um botão hoje em dia), ser criativo ou tantas outras qualificações essenciais para o mercado de trabalho.
Nós deveríamos aprender tudo isso e também a como lidar com a “engenharia” de uma casa desde conhecimentos de elétrica, marcenaria, até conhecimento de hidráulica, como trabalhar e gerir dinheiro, ou o simples fato de viver em sociedade e ter um pensamento crítico, saber viver com outras pessoas, respeitá-las, aceitá-las, ao mesmo tempo em que somos capazes de pensar por nós mesmos.
Você pode até pensar que os pais têm um papel essencial nisso e, de fato, eles têm, mas o ideal seria que a escola também fizesse parte disso. Em vários países, principalmente nórdicos, esse tipo de educação é oferecida, portanto, não seria de fato uma novidade. Esse método educativo funciona e prepara o estudante não só para o vestibular, mas também para a vida, que é o mais importante!
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