Olá! Antes de seguir em frente, eu vou completar algumas informações que comentei no vídeo anterior. O Osho quis com que nós que estávamos perto dele acreditássemos que Sheela foi um monstro e ele quis que a gente tivesse raiva dela. E eu dei uma explicação para isso, aquela história de convidar o povo para entrar…
Mas tem uma outra coisa muito interessante, é que eu observei em mim mesmo na época quando a Sheela foi presa e tudo mais, eu morava na comuna em Hamburgo, na Alemanha, e nós todos tínhamos uma excelente impressão da Sheela. Nessa comuna foi algo grandioso que aconteceu conosco, eu sentia e até hoje eu sinto que naquele período de um ano mais ou menos em que eu morei na comuna na Alemanha tive várias vidas em uma só. A quantidade de aprendizagens que eu tive foi imensa! Nós realmente passávamos de um tipo de trabalho para outro. Você não tinha um incentivo, você experimentava coisas que você nunca experimentaria se fosse por conta própria, por uma decisão própria. Então, a gente acabou tendo muitas experiências de vida que jamais teríamos.
Por exemplo, na época, eu estava com uma companheira, mal falava inglês, tinha acabado de chegar na comuna e ela logo foi convidada para ser a coordenadora da cozinha. Uma cozinha que cozinhava para 100 pessoas. O que acontece é que as pessoas eram colocadas em situações de desafio para que elas crescessem e se enraizassem. Então, o critério não era, pelo menos de uma maneira geral, a eficiência, não era a capacidade, era para que nós evoluíssemos.
Bom, mas o que isso tem a ver com a Sheela? Foi uma experiência muito grandiosa, mas quando o Osho começou a falar mal da Sheela, começou a surgir um sentimento de ânsia por liberdade. Nós tínhamos de fato todas essas experiências riquíssimas, mas faltava um elemento: o elemento da liberdade e da autonomia. De seguir aquilo que eu quero! É rico você obedecer e aprender com as obediências, mas tem algo mais grandioso que é você seguir a você mesmo!
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