Eu já tive uma visão romântica, idealizada, vitimista, dolorosa… longe das imagens construídas, hoje eu sei que mães são pessoas normais, que via de regra, mas não obrigatoriamente, são pessoas que vivem como podem, fazendo o que podem, com seus melhores recursos, para cuidar e amar os pequenos seres que nos foram confiados. Com recursos, sem recursos, com parceiros, sem parceiros, em relacionamentos satisfatórios ou tóxicos e abusivos, o instinto da mãe é o de cuidar e proteger.
Na maioria das vezes, nem sempre, é um amor e muito grande, às vezes demais, de posse, de controle, mas na maioria das vezes, na melhor das intenções…
Às vezes, nem sempre, a mãe tem o coração batendo fora, no filho, na rua, no mundo… ele vive, sente, vibra, sofre, tudo conforme acontece com o filho… A gente morre e renasce sempre…
Às vezes, a mãe não planejou ser mãe, não deu conta e abriu mão disso… às vezes ela teve culpa, nem sempre. O julgamento é interno. Mãe se julga e se culpa por natureza… acho que faz parte do pacote.
Na minha opinião, é uma experiência abençoada, maravilhosa, desafiadora e talvez a única forma de entendermos que apesar de todo amor, não há controle. Incubamos a vida, mas ela não nos pertence, cuidamos, amamos, mas são seres independentes. Livres. Farão escolhas e se tivermos equilíbrio minimamente suficiente, saberemos amar, respeitar e apoiar. Somos agentes de apoio e suporte para que estes seres criem suas asas até que voem!
Como mãe e mulher, honro as nossas mortes e renascimentos.
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