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Manual Básico da Criança – Fase Fálica (Texto 4/6)

Olá! No artigo passado falamos da Fase Anal (leia aqui) , em que muita coisa importante se desenvolve, e hoje o tema é a Fase Fálica, que vai dos 4 aos 6 anos de idade aproximadamente.

Se você quiser compreender melhor, aqui tem o texto introdutório e os demais textos que antecedem este, ok?

O artigo de apresentação da série está aqui: Conceitos Básicos

A Fase Fálica é a base da Formação do Reconhecimento, da busca por Provisões, por ser Amado, Valorizado e Aceito. É a terceira fase da evolução libidinal e está sob o primado do Falo. É quando a criança começa a prestar atenção nos órgãos sexuais dela e dos pais. É o início da Sexualização e da Afetividade.

Aqui o prazer já está nos genitais, no pênis no menino, e na menina no clitóris. Nessa fase, a criança está com seu desenvolvimento biológico quase concluído, mas lhe falta ainda a maturidade psíquica.

Agora suas pulsões, antes parciais, ou seja, em outros órgãos, como boca e ânus, já estão sob influência dos órgãos genitais. Biologicamente o sistema límbico (clique aqui para ler sobre o Sistema Límbico) diminui sua ação e o sistema psíquico inaugura o Medo da Perda, que é a fase mais importante da nossa afetividade, do desenvolvimento do bom apego.

É quando a criança se humaniza, quando a importância de sentir-se fazendo parte da família é fundamental para o seu desenvolvimento. Ela quer ver fotos de bebê, da mãe grávida para ter certeza que faz parte da família.

Nesse momento, é hora dela perceber que faz parte do triângulo familiar,pai, mãe e filho,  mas que não é quem manda nele.

É a época em que a criança quer mandar os pais dormirem para tomar posse do controle da TV e ficar até a hora que quiser assistindo seus programas, quando o contrário é que é o correto. Chegou a hora da criança ir  dormir, mas papai e mamãe vão, sim, ficar na sala vendo TV e a criança vai para a cama.

Menina com braços apoiados na mesa e mãos no rosto sorrindo
Alexander Dummer no Pexels

É uma fase onde há ênfase na personalidade narcísica na criança, a menina percebe que é mulher igual a mãe e o menino percebe que é homem  igual ao pai. Nessa fase a criança busca e precisa de Reconhecimento, ela quer sentir seu pertencimento na família, porque a afetividade precisa dessa resposta. A criança nessa idade é mais obediente e será uma fase encantadora se a criança passou bem pelas anteriores.

Agora é época de contar a verdade de onde ela veio, sejam filhos naturais ou do coração, sempre falando a verdade, para que ela possa acreditar na vida. Essa é aquela fase em que a criança faz desenhos, dança, canta e quer plateia em casa e fora de casa. Ela é o show!

Deem a plateia aos seus filhos, reconheçam seus talentos e habilidades, incentive-os mesmo que eles não correspondam aos seus padrões. Deem a eles todo amor e atenção para que sintam-se aceitos e não precisem passar a vida buscando isso nos outros e se sujeitando a relações tóxicas ou abusivas esperando serem amados…

Vamos considerar uma Boa Fase quando a criança recebeu os cuidados adequados:

  • A criança é amada, reconhecida e aceita;
  • É educada com brandura;
  • Recebe toda a atenção, orientação e limites adequados.

Toda esta atenção dos pais e cuidadores a incentivará a ter uma boa vaidade. Aquela saudável, que sente prazer em cuidar de si, além da boa prepotência, ou seja, o bom orgulho, aquele de saber reconhecer seus erros e acertos de forma tranquila.

A Má Fase é aquela em que a criança teve falta ou excesso:

  • A criança poderá tornar-se um adulto inseguro, um “Magro de Provisão”, eterno propiciatório,que vive para agradar aos outros, para receber a atenção e o reconhecimento que não teve dos pais ou cuidadores;
  • Pode tornar-se tímido ou introvertido;
  • Constantes sentimentos de inferioridade e enorme necessidade de reconhecimento podem acompanhá-la vida afora causando sérios problemas de autoestima.

Ainda quando teve excessos, será um “Gordo de Provisão”, narciso crítico, exigindo sempre muita atenção e somente para si.

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E para concluir, esta  é uma fase tranquila, quando os pais têm um respiro… rs.

No próximo artigo o tema será o Período de Latência, que vai dos 6 aos 11 anos aproximadamente.

Até lá!

Continue acompanhando o Manual Básico da Criança:

Sobre o autor

Monica Marchese Damini

Psicanalista Clínica e Editora do Eu Sem Fronteiras

Em certa altura da vida, senti o chamado para descobrir o que havia além da rotina, da vida material, do físico. Foram muitos os caminhos trilhados, muito estudo, muitas vivências e descobertas, muitos desafios, vários mestres. Gratidão a cada um deles.

Autoconhecimento, espiritualidade, física quântica, o universo, yoga, budismo, doutrinas, meditação, retiros, silêncio, corpo, mente, alma, o Ser, o Amor Maior.

Ser livre do mundo externo, do sofrimento de Maya, a ilusão.

Torna-se co-criador da própria realidade.

Colocar em prática o Dharma, o dom e recursos recebidos em prol da sociedade, privilegiar o Todo, trabalhar, estudar, compartilhar, amar, evoluir, sem apego ou aversão.

Despertar para o Divino em cada um de nós. Aprender a enxergar o Ego e deixar que ele apenas trabalhe a favor dos propósitos do Todo, aprender a praticar o desapego e a aceitação… tem que buscar, tem que querer, e eu quero!

Assim como eu, muitos estão nessa jornada, e com este propósito de nos juntar, criamos o Eu Sem Fronteiras, projeto amoroso de compartilhamento e ponte entre quem quer dar e quem busca receber todo tipo de informação e conhecimento, livre de dogmas, julgamentos e crenças, para que cada leitor aproveite o que desejar em cada momento de sua vida.

Transformar conhecimento em sabedoria.

Trabalhoso, mas tem muita gente vibrando na mesma sintonia e disposta a compartilhar o que sabe, e nessa nova era onde o coletivo impera sobre o individual, conseguimos uma equipe linda de profissionais em sinergia com nosso projeto para juntar todo o bem e todo o bom aqui neste portal.

Aprender a perdoar, se perdoar, nos libertar de sentimentos negativos, mágoas, culpas e tudo que gera padrão negativo. Há muitas formas e ferramentas, mas precisa trabalho e enfrentamento.

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