Espiritualidade

A casa acolhedora

Silhueta de uma mão segurando um terço
Gift Habeshaw de pexels / Canva
Escrito por Luiz Guimaraes

Encontrar alívio nos momentos de dor é o que todos nós queremos. No entanto, nem sempre sabemos como alcançar essa paz interior. Felizmente, o centro espírita pode ajudar você. No artigo a seguir, você vai descobrir como esse local de fé pode ser uma casa acolhedora. Surpreenda-se com o poder da cura!

Então Jesus disse a Simão:
E disse Jesus a Simão: “Não tenha medo; de agora em diante, você será pescador de homens” (Lucas 5:10).

A Casa Espírita é um ancoradouro das almas em sofrimento. Regra geral, os que lá aportam estão necessitados do apoio que venha minimizar as suas angústias. Sempre a dor e o sofrimento são os indicadores que levam as criaturas a procurar ajuda na Casa Espírita.

A propósito disso, citamos o texto do escritor e psiquiatra Viktor Frankl, do Livro Em Busca de Sentido, p. 3: “A vida é sofrimento, e sobreviver é encontrar significado na dor, se há, de algum modo, um propósito na vida, deve haver também um significado na dor e na morte. Mas pessoa alguma é capaz de dizer o que é este propósito. Cada um deve descobri-lo por si mesmo, e aceitar a responsabilidade que sua resposta implica”.

Esse trabalho de acolhimento, tão nobre e edificante, faz parte das atribuições dos trabalhadores da Casa Espírita, que seguem o Evangelho de Jesus como o caminho de luz a ser percorrido por todos nós. É importante ressaltar que aqueles necessitados precisam ter consciência de que a transformação pessoal é que lhes trará a cura dos males que os afligem.

Como sabemos, a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Pela lei de causa e efeito, estamos todos envolvidos pela misericórdia de Deus, que nos faculta, em cada reencarnação, resgatar os erros do pretérito. Esse acolhimento e o tratamento realizado despertam as consciências adormecidas e descortinam horizontes de luz até então desapercebidos por muitos que buscam auxílio na Casa Espírita.

Nesse processo, é preciso que haja, antes de tudo, a vontade para o enfrentamento daquilo que lhes atormenta, aliada à fé e à esperança no êxito esperado. Trata-se, também, do esforço pessoal de cada um buscando o melhoramento no âmbito dos pensamentos que induzem ao comportamento diário. É nesse mergulho interior que encontrarão as mazelas da alma que fustigam suas vidas, cujas repercussões negativas atingem a saúde física e mental.

Com a intenção precípua de praticar a caridade, estamos sempre acolhendo “almas” sofridas e carentes do Evangelho de Jesus, o que virá trazer a resignação, o consolo e o caminho necessário para o aprendizado na escola da vida no Orbe terrestre.

Vitral de Jesus Cristo segurando um cordeiro
cello5 de pixabay / Canva

No labirinto que emoldura os segredos do Espírito é que resplandecerá a luz que falta para que seja alcançada a desejada depuração. Sem essa busca interior, de nada adianta o esforço dos que fazem a Casa Espírita, já que possuem como função orientar e auxiliar a renovação interior do paciente sob tratamento. É nesse caminhar árduo e contínuo que surgirá a libertação das algemas que criamos contra nós mesmos.

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Reportamo-nos, por oportuno, ao livro O Centro Espírita, Editora Paidéia, p. 45, de J. Herculano Pires: “O Espiritismo nos consola como o fez o Cristo, provando aos seus discípulos que cada um de nós é um ser imortal, de natureza divina, que nasce para morrer, pois a morte é o fim do aprendizado terreno, de maneira que morremos para ressuscitar em plano superior, a fim de prosseguirmos a nossa evolução em condições mais favoráveis”.

O Centro Espírita Caminhando Para Jesus, ao completar 72 anos de existência, no dia 21 de junho, realiza o seu papel altruísta à luz do Evangelho de Jesus, no contexto da Doutrina dos Espíritos que nos revela, consola e redime. Na vida, escolhemos as sementes e, mais adiante, a responsabilidade cobrará a colheita.

Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espirita Caminhando Para Jesus
www.cecpj.org.br — cecpj YouTube

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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