Convivendo

A chegada do inverno

Pessoa com livro aberto sobre o colo, ela segura uma caneca. Ao fundo, há uma lareira.
Alexander Raths / 123RF
Escrito por Andrea Pavlo

Estamos em tempos difíceis e cansados, fechados em casa há muitos e muitos meses, com notícias terríveis batendo sempre à nossa porta. São tempos bicudos esses de transformação!

E estamos nos aproximando do inverno, que é um tempo de recolhimento e de silêncio. O inverno é o tempo do descanso e de colocar os pensamentos em ordem, depois de movimentos acelerados do verão, da primavera e do outono. Que tal usar esse tempo?

Sim, sabemos que parecemos estar descansando desde o começo da pandemia, mas não é verdade. Nunca tivemos tantas tarefas. Nunca nos sentimos tão cansados e exaustos. Na realidade, a exaustão é física, mas também emocional. E essa, meu amigo, é bem mais complicada.

A exaustão emocional se dá pelo excesso de informações e se dá quando achamos que precisamos de mais uma live, ou de mais um curso, ou quando todos se tornam meio empreendedores. Eu sempre brinquei que sou tudo na minha empresa – de faxineira a CEO – e agora estamos todos tendo essa vida. O importante é não se sobrecarregar.

O número de mortes por Covid é alto, mas o por causas naturais também subiu muito. Um levantamento mostrou que as mortes de março de 2021 eram quase 50% maiores com relação a março de 2020, justamente nas tais causas naturais. Falo isso depois de um final de semana em que perdemos Bruno Covas e Eva Wilma pelo câncer. Ou seja, o estresse nos adoece e nos mata tanto quanto a pandemia.

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Então vamos usar esse tempo para parar um pouco e deixar nossa mania de perfeição de lado e fazer o que dá. Não deu para passar a manhã na live do filho, tudo bem. Não deu para lavar a louça ou engordou uns quilos, beleza. O inverno é um recolhimento, então vamos nos recolher e acolher a alma. São tempos difíceis e você não precisa ser o Super-Homem, tampouco a Mulher-Maravilha.

Faça coisas simples com as crianças, como um bolo de fubá com café. Descanse do excesso de aulas de pilates on-line ou da dieta restritiva. Teremos tempo quando tudo se reestruturar de curar esses aspectos, mas fazemos parte da mudança e não se faz uma omelete sem quebrar os ovos.

Calma. Descanso. Paz e frio.

Sobre o autor

Andrea Pavlo

Meu nome é Andrea Pavlo. E poder apresentar esse nome assim, parece fácil, mas não foi. Esse nome é fruto de muito autoconhecimento e autoanálise.

Fruto de duas faculdades e mais de mil horas de cursos, mentorias, vivencias e aprendizados. Fruto de muitos risos, muitas dores e muitos resultados. Sou uma espiritualista que aprendeu a servir. Servir ao outro com seus aprendizados. Apoiar mulheres a passarem por suas próprias dores.

Filha de pais narcisistas, passei a vida tentando entender a cabeça deles. Isso me ajudou a me apaixonar pela psicologia e por todas as ciências afins.

Filha de Iansã, devota de Santa Sara e neta da Dona Arlinda, trouxe uma
mediunidade temperada com clarividência, sonhos premonitórios e um dom de ler o inconsciente coletivo e pessoal. Dom que eu uso justamente para servir.

Apaixonada pela beleza da arte, da decoração e da moda, adoro transitar nesses pequenos grandes universos cheios de simbologias. Amante dos ensinamentos de Carl G Jung e seu entendimento do mundo, dos arquétipos milenares do tarot e por todas as formas de mistérios ocultos e especiais que considero o tempero especial da realidade.

Tentando manter os pés sempre no chão, o peso equilibrado e o humor em dia, esses são meus desafios eternos. Desafios que eu encaro com força e muita criatividade, além de uma xícara de café quente e um pão de queijo saindo do forno.

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