Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo.
Mahatma Gandhi
Existem muitas terapêuticas disponíveis no mercado prometendo curá-lo de seus males. Algumas, inclusive, usam o termo ‘cura’ no próprio nome (cura quântica, cura prânica, cura reconectiva, etc.), todas acreditam na eficácia de seus tratamentos, no entanto, é preciso olhar para essa questão com cuidado.
Vivemos um momento de grandes transformações, onde muitos conceitos estão sendo revistos à luz de novas perspectivas, especialmente pela influência dos avanços científicos, portanto, é preciso nos entendermos com as próprias palavras.
Quando se quer promover algo ou algum tipo de serviço, é muito comum usar legendas que seduzam os interessados, criar nomes que despertem o interesse daqueles a quem se quer atingir, mas falar em cura como algo centrípeto é, no mínimo, uma tremenda responsabilidade. A cura não é um processo de fora para dentro, pelo contrário, é um processo que se articula de dentro para fora.
O mundo entrou em um sistema de mudanças progressivas e estamos vendo ruir muitas ‘verdades’ que foram estabelecidas pela devoção irrefletida nas narrativas oferecidas. A ideia de que algo exterior ao organismo, como remédios, poções, extratos, passes, descarregos, etc., podem curar é falsa, pois aquilo que consideramos doença já é a própria cura.
A recuperação da saúde é um processo fisiológico, portanto natural, o corpo não é suicida. Não podemos negar a eficiência de certos tratamentos no alinhamento, no ajuste e no equilíbrio do indivíduo, mas acreditar que são milagrosos é exagero.
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Todos os conflitos e transtornos que envolvem o ser humano já sinalizam em si mesmos um movimento de catarse ou reivindicam ajustes na dinâmica emocional e psíquica do Ser, ou seja, a própria alma participa e atua no processo profilático enviando para o campo mental ou fisiológico aquilo que é inadequado, justamente para ser tratado, por isso, com ou sem a participação externa, os mecanismos internos buscam o equilíbrio. Essa é a razão de encontrarmos nos evangelhos, sempre no desfecho de algum ‘milagre’, Jesus dizendo: “A tua fé te curou”.