Convivendo

A educação dos deficientes visuais

Escrito por Eu Sem Fronteiras

A tarefa de educar é e sempre será um desafio aos professores, que precisam lidar com obstáculos dos mais variados tipos: desde a falta de estrutura nas escolas até mesmo com as peculiaridades de cada aluno. Quando falamos sobre a falta de estrutura, isso não se restringe às escolas públicas.

Como um ambiente universal e que deveria ter acesso a todos os tipos de alunos, nem sempre os locais de ensino são equipados para atender os alunos com deficiência e/ou os professores estão preparados para ensinar as crianças que necessitam de algum auxílio a mais.

Embora o Ministério da Educação tenha introduzido recentemente a disciplina de Libras, língua de sinais destinada aos deficientes auditivos, ainda é muito pouco em políticas de ensino e, mesmo assim, o foco é para o ensino em massa.

Quantas escolas, mesmo particulares, são realmente acessíveis com rampas em todos os andares, pisos tácteis ou salas de aula com uma eficiência acústica? Praticamente nenhuma. Tratando-se dos colégios públicos, muitas vezes um corrimão é um artigo de luxo.

No caso dos deficientes visuais, há o dilema no âmbito acadêmico se é melhor construir um número menor de escolas e equipá-las totalmente com a acessibilidade necessária, para que abriguem todos esses alunos, ou se você deve buscar adequar as escolas já existentes da melhor maneira possível e integrá-los com os demais alunos.

A Pedagogia orienta sempre a integração das crianças para lidarem com as diferenças, afinal a sociedade é multifacetada. Lidando com as peculiaridades dos colegas, a criança vai ter um desenvolvimento mais amplo no período escolar. O mesmo vale para o professor. Afinal, quantos educadores nunca lidaram na vida com um deficiente visual?

Como transmitir o conhecimento sem usar as imagens? Ou mais complexo ainda: como avaliar uma criança deficiente visual, caso o professor não tenha conhecimento do Braile (sistema de leitura com o tato)? Com a restrição da percepção ambiental, o papel do professor no ensino para essa criança é muito maior.

É necessário estimular suas observações, sempre que possível integrando-a com os demais colegas. Focar uma atenção especial para a sua necessidade, mas sem discriminá-la ou fazer com que ela se sinta diferente das outras crianças.

Incentivar estudos em grupo, no qual trabalhar as experiências em comum é fundamental para o desenvolvimento do aluno com deficiência visual. Uma boa relação com os colegas será uma lição valiosa não só para ela, mas também para os outros alunos e, principalmente, ao professor.

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O educador aprende mais com os alunos do que o contrário e quando desce do trono de “mestre explicador”, termo de autoria do filósofo francês Jacques Ranciére, esse professor vai se tornar um melhor profissional e, principalmente, uma pessoa melhor.

  • Texto escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras

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