Educação Educação dos filhos

A educação é individual e não plural

Grupo de alunos sentados ao redor de uma mesa, conversando.
123RF/Ian Allenden
Escrito por Fabiano de Abreu

Estamos na era da selfie, na era do usuário de rede social, na era da identidade pessoal como digital. Somos nós duplamente enquanto ser real e ser virtual, que se fundem e completam. Nos dias que correm, é já extremamente difícil dissociar um e outro, uma vez que o nosso “eu virtual” é uma realidade concreta.

Exatamente por haver existido uma mudança grande de paradigmas e realidades, a educação está defasada, seja a dos pais, do governo ou das instituições particulares. O tempo é outro, e as adaptações têm de ser feitas, hoje mais do que nunca, já que a mudança é quase diária. O mundo corre a uma velocidade como nunca experienciamos na nossa existência humana. Temos de educar as crianças como persona, indivíduo único, direcionado. A cada um urge um papel a cumprir, distinto, de cunho pessoal.

Há, hoje em dia, mais do que em qualquer período histórico, a possibilidade de criarmos ciclos de educação individualizada com base em todo o potencial tecnológico. Essa tecnologia deve ser vista como uma aliada e não como algo a rebater. Nós somos, hoje em dia, também produto da tecnologia que usamos e consumimos. Em última análise, o homem molda-se a si mesmo através daquilo que cria. E a educação deve ser moldada de forma diferente daquela que estamos habituados até então.

Menina sentada no sofá usando seu tablet.
Foto de Julia M Cameron no Pexels

Os alunos devem deixar de ser vistos como um todo, como uma massa homogênea que se comporta e pensa da mesma forma. A hora é de mudança. As particularidades de cada aluno devem se sobrepor a um todo composto pelo aglomerado. O aluno, o ser que está diante de nós, deve ser visto nas suas particularidades, deve ser motivado a desenvolver as suas capacidades, as áreas de seu interesse e onde é particularmente notável. O ensino deve ser feito com ritmo próprio, explorando o melhor de cada um, e só dessa forma conseguimos tirar o máximo partido de todos os recursos de que dispomos.

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Todos têm um papel nesta alteração, desde os pais até os professores, passando pelas instâncias governativas. Esse esforço deve ser conjunto para que de fato dê resultado. O desenvolvimento educacional (do indivíduo e da coletividade) passa por uma capacidade ampla de pensar, encontrar soluções e produzir. A nossa sociedade seria muito mais avançada e faria face a muitas problemáticas, se tivéssemos mentes a pensar de forma diferenciada. A formatação não traz nada de positivo, a formatação não traz inovação. Os resultados aparecem com muito mais frequência, caso se dê a oportunidade de explorar, experimentar e tentar novos caminhos e formas.

O indivíduo deve ser tratado exatamente assim, de forma especial, por ser único.

Professora ajudando um aluno pré-adolescente em uma sala de aula.
Foto de Arthur Krijgsman no Pexels

Cada um de nós tem algo a acrescentar, uma ideia única, um pensamento único, uma solução, uma forma diferente de apresentar sobre outro prisma uma mesma ideia: dar oportunidade a uma discussão, a uma partilha, levar-nos além, mais longe. O papel educacional é e deve ser este: dar bases, ensinar a pensar e não ensinar o que pensar, deve dar base e sustento para que se cresça dentro da sua individualidade, mas de forma forte e segura.

Sobre o autor

Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é um jornalista, psicanalista, neuropsicanalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e especialista em neurociência cognitiva e comportamental, neuroplasticidade, psicopedagogia e psicologia positiva.

Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN - Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prêmios Nobel e a RSB - Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido.

É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP - Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários.

Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional.

Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo, criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil.

Lançou os livros “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”, “Como Se Tornar Uma Celebridade”, “7 Pecados Capitais Que a Filosofia Explica” no Brasil, Angola, Paraguai e Portugal. Membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo, Fabiano foi constatado com o QI percentil 99, sendo considerado um dos maiores do mundo.

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