Cada pessoa nasce com um talento especial. Alguns sabem desenhar, outros sabem contar boas histórias. E além disso, cada pessoa nasce com alguma dificuldade. Às vezes, ela é perceptível, em outros casos, não.
Renato Nicácio nasceu com paralisia cerebral, mas isso não o impediu de mostrar a que veio nesse mundo. Com suas limitações, ele conseguiu criar seu próprio negócio e tornou-se designer de camisetas, canetas, copos, e outros produtos. Ele vende seu trabalho por meio de uma página no Facebook. O detalhe está na maneira como ele produz sua arte: usando a boca e uma escova de dente.
Por conta da paralisia, Renato tem os movimentos debilitados, mas sua alegria é contagiante. Em sua página, ele compartilha frases inspiradoras como: “Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história.”
Um dos exemplos desta força de vontade é o transporte de seus produtos: ele mesmo gosta de levar as encomendas e, para isso, utiliza uma cadeira motorizada.
No entanto, as dificuldades causadas pela paralisia cerebral não são a única coisa que Renato precisa enfrentar. Recentemente, o jovem passou por uma situação de ódio pela internet. Em um grupo sobre design no Facebook, Renato postou uma de suas artes e muitas pessoas denegriram o seu trabalho, caçoando, sem levar em conta o quanto Renato batalhou por isso.
A internet tem dessas coisas. O ódio gratuito que permeia o meio digital é mais comum do que muitos imaginam. Sem ao menos saber da sua história, muitos o julgaram. Mas Renato se esforça todos os dias para superar seus obstáculos, trabalhando duro para ser um profissional melhor e, além disso, um ser humano melhor.
Em defesa a Renato, o usuário do Facebook Bruno Medeiros disse em um post: “Esse cara é um dos maiores exemplos no meio do design gráfico que eu já vi. O que ele faz me fez repensar muitas coisas na vida, de novo.”
São em situações como essa que percebemos o quanto o ser humano ainda precisa evoluir. O preconceito está presente em todas as áreas, não só em questões de gênero, classe social e cor de pele, mas também entre colegas de profissão, familiares, amigos, etc.
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É preciso que observemos cada um pelo seu verdadeiro eu, pelo seu todo e não pela superficialidade, por aquilo que vemos num post de redes sociais. Existe muito mais por trás daquilo que se vê numa foto. Existe uma pessoa, com sentimentos, angústias, sonhos e vontade.
Respeitemo-nos uns aos outros!
- Escrito por Gabrielle Carreira da Equipe Eu Sem Fronteiras.