Semana passada, estava conversando sobre meditação e yoga com alguns amigos e chegamos ao assunto: se tornar iluminado, como Buddha. Se tornar um Buddha, pois somos todos. Todos somos iluminados e devemos ir tirando as camadas de medo e ira para que esse amor surja e para que o contentamento apareça.
Mas o Buddha se iluminou depois de muito e muito meditar, aprendeu várias técnicas de meditação e atingiu o mais elevado grau de introspecção e concentração que havia, mas mesmo assim sentia que não estava feliz e livre dos condicionamentos mais inconscientes.
Então, ele sentou e decidiu que mesmo que seus ossos quebrassem, não iria se mexer e só sairia dali quando estivesse completamente iluminado. E ele se iluminou. Criou uma firme determinação e se concentrou nas sensações do corpo, e descobriu que dentro do molde do corpo e das sensações está o segredo para desfazer traumas e limpar antigas feridas.
Então, esse era o Príncipe Sidharta que se tornou iluminado e um Buddha entre tantos, pois Buddha é uma qualidade, significa ser iluminado e não se refere a uma pessoa em particular.
E para nós, meros seres filhos do capitalismo, netos do liberalismo, primos do consumismo, e participantes de uma sociedade competitiva e cheia de trabalhos, lazeres e distrações para a mente e desafiante para o trabalho de focar a mente em apenas um objeto? Como podemos nos tornar iluminados? Duvido que isso seja possível! Na verdade, nem vou tentar, porque está muito longe do meu alcance. Mas estou angustiada, tenho medos, me sinto insegura, tenho inúmeros desejos e aversões que geram apegos e repetidas de traumas.
Mas calma, você não precisa passar de uma vida cheia de distrações materiais e prazeres sensoriais e emocionais para uma vida de monge. Você pode, mesmo assim, buscar se iluminar, nem que for acender uma leve luz, para começar, usando dos desafios que se apresentam para você todos os dias, sempre. Nos relacionamentos você aprende sobre ti, eles estão colocando uma luz intensa em seus aspectos inconscientes, esquecidos e empurrados para debaixo do tapete. Aproveite de seus relacionamentos e aprenda com eles, se ilumine.
A iluminação está em acender o fogo do conhecimento dentro de si e sobre si.
Esse fogo brilha como o sol e tem brilho próprio. Uma vez que ela é vista, ela brilha e vai iluminando tudo. O pleno total conhecimento de si mesmo é iluminação. E podemos meditar, olhando para dentro, focando na respiração e vivendo um dia de cada vez, podemos trazer isso no dia a dia também sem criar expectativas e vivendo o que há para ser vivido no momento presente. Estar presente no que faz.
Cada lágrima, cada sorriso, cada frio na barriga e cada dor de cabeça são um passo no caminho da iluminação, que é o caminho de todos. Querendo, ou não querendo, chegará lá. Você pode trazer consciência para o processo e para o quão especial você é e acelerar este aprendizado, colocar enfoque em manter o equilíbrio da mente e seguir em frente, olhando-se o que se apresenta sem repulsa, sem aversão, sem querer mais.
Ora, não vai acontecer de um dia para o outro, mas é treino, igual correr, igual nadar, igual aprender matemática e todas as outras coisas, igual aprender a dirigir… Você treina, depois fica automático. O treino da mente é assim e se manter no momento presente é assim também. Ninguém pode fazer por você. Mas garanto que o resultado destes esforços serão recompensados, e poder levar o aprendizado da meditação sentada para o dia a dia é poder verificar se realmente aprendeu o que está precisando para continuar evoluindo neste plano e contribuindo para a tua cura e da humanidade e, consequentemente, da nossa mãe, a Terra.
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Medite, limpando-se e, assim, você estará limpando o planeta. Despolua a mente dos preconceitos e julgamentos e estará limpando muita energia. Mesmo sem saber, você está se curando e ajudando a todos. Somos um só, na verdade.
Não desista, estamos todos juntos nesta estrada e temos compaixão infinita pelo caminho!
Um grande beijo com muito Metta (amor incondicional).