Autoconhecimento

A importância da autoestima

Mulher sorrindo e olhando para trás
Mwabonje/Pexels
Escrito por Luis Lemos

Conheço pessoas que são especialistas em apontar defeitos nos outros. Vivem para criticar, “corrigir”. Estão sempre prontas para dizer: “você não vai conseguir”, “você não é capaz”, “isso não é para você”. Quem usa esse tipo de discurso acaba falando de si próprio. Evidentemente, essas pessoas nunca olham para elas mesmas. Se importam mais com a vida dos outros do que com a própria vida. São pessoas infelizes, mas influentes negativamente!

Como atualmente temos sido, como humanidade, desafortunados, infelizmente esse tipo de discurso acaba influenciando muitas pessoas, principalmente aquelas que sofrem com alguma doença emocional, baixa autoestima, solidão, depressão… Refletindo sobre essas questões, lembrei-me da fábula da lebre que pensava que tinha chifres.

“Aconteceu um dia que o leão foi ferido numa batalha por um unicórnio. Nunca tinha acontecido uma coisa do gênero e o leão, enfurecido pela derrota e com medo de perder o seu prestígio de rei da floresta, baixou logo uma lei severíssima: todos os animais munidos de chifres deviam deixar imediatamente os seus domínios, sob pena de morte.

Leão olhando para o lado
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Os mensageiros espalharam a notícia na floresta e provocaram um grande tumulto; mas ninguém ousou discutir as leis do leão, fossem elas justas ou injustas. E assim, cabras, touros, bodes fizeram as suas trouxas e mudaram-se apressadamente; cervos e veados, corças em multidões decidiram que a melhor coisa a fazer era mudar de ares.

Boa parte da floresta despovoou-se. O leão estava satisfeitíssimo. Um dia, perto do pôr do sol, uma lebre estava tranquilamente roendo grama em uma clareira quando viu, no chão, o reflexo de suas orelhas e quase morreu de susto. – Ah, as minhas orelhas! Se algum guarda do leão as vir, tão compridas e retas, pensará que são chifres e para mim será o meu fim. É melhor fugir já!

Mas, antes de ir embora para sempre daquele lugar, onde tinha nascido e crescido, quis despedir-se de um velho grilo sábio, seu vizinho de casa. – Adeus, amigo grilo, sou obrigada a deixar a floresta, contra a minha vontade. O grilo olhou para ela pasmo.

– E por que você vai fazer isso? – perguntou. – Por causa das minhas orelhas. – Comadre lebre, eu não estou entendo nada. O que têm de perigosas as suas orelhas? – Parecem chifres, e morro de medo só de pensar que alguém se engane. O grilo riu.

Floresta com diversas árvores e um céu com nuvens
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– E você chama isso de chifres? Você é mesmo uma tola. São só as orelhas que Deus lhe deu. – Eu sei, eu sei, mas vão dizer que são chifres – respondeu a lebre cada vez mais assustada. – E eu vou ter que reclamar, explicar as minhas razões. – Deixa de ser tão cruel contigo mesma, minha comadre! – Você não sabe que, diante dos poderosos, os fracos estão sempre errados? – Sim, mas você acha que fugir é a melhor opção? E fugiu, para bem longe; desde então, nunca mais ninguém viu a pobre lebre”.

O que essa fábula nos conta é real. Muitas vezes encontramos em nós defeitos que não existem de fato, e assim sentimo-nos ameaçados com o que a nossa própria imaginação produz, aumentamos o tamanho dos problemas e o medo nos limita as forças, freia-nos na nossa potente capacidade de reação, de luta.

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A importância da autoestima é acreditar em si próprio! Deixemos de lado os problemas imaginários, os defeitos que os outros nos apontam, e confiemos mais em nós mesmo. Tenhamos mais autoconfiança. Afinal, foi o próprio Jesus Cristo que disse: “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. (João 16:33)

Sobre o autor

Luis Lemos

Luís Lemos é filósofo, professor, autor, entre outras obras, de “Jesus e Ajuricaba na Terra das Amazonas – Histórias do Universo Amazônico” e “Filhos da Quarentena – A esperança de viver novamente”.

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