As situações divergentes em nossas vidas normalmente são encaradas isoladamente. Em suas infinitas possibilidades, buscamos um leque de profissionais para amparar uma dor ou algum distúrbio emocional, sempre olhando para nós mesmos e nossas questões: o que há de errado comigo?
Mesmo que tenhamos um olhar holístico, fazendo com que busquemos profissionais mais profundos, que encarem o ser em sua amplitude, na verdade ainda estamos olhando apenas para nós mesmos. Bem, nós, apesar de nossas síndromes de solidão e melancolia, nunca estamos a sós e vibramos no coletivo, em nossa consciência coletiva, então nosso comportamento está muito mais relacionado à medicina do que imaginamos.
Termos de nos comportar conforme uma sociedade diz, não como nossa essência, é uma tremenda doença coletiva, pois nós, como seres individuais e infinitos, não temos como nos comportar igualmente. É um círculo de crises que partem da comparação, que despertam inveja, cobiça, ganância, ódio etc.
Uma alma corajosa conseguir se expressar de uma forma generosa consigo mesma se torna alvo de loucura e julgamentos, então muitas das almas corajosas andam por aí se escondendo na fogueira das vaidades para simplesmente se encaixarem e serem rotuladas como normais.
Quando vemos uma sociedade doente em suas infinitas possibilidades, vemos pessoas presas diante de quem elas realmente gostariam de ser, e essa prisão anula sua criatividade a ponto de ter que ser como todos, sem uma ambição espiritual, no máximo seguindo modas ou pessoas, como estamos condicionados a ser, sem tempo ou insights para pensar em uma autenticidade para seu cotidiano, entende?
Portanto o comportamento é muito especial, é uma pista para você, é seu destino tentar se comportar diferente, encontrar o âmago do seu ser, e talvez a sua loucura seja sua cura e a cura de uma sociedade morna, fria. Há tanta vida mascarada dentro de tanta gente… Onde estão a vida, a coragem e a audácia?
Em meados do fim dos tempos, o que nos resta é viver nossos sonhos e nossas loucuras sem vergonha de sermos felizes, sem termos de se comportar como um cidadão de bem. O mecanismo de uma rotina intitulada nos torna mortos vivos. De que vale viver por algo que não acreditamos, termos que nos esconder em nós mesmos?
Então aquele nó da sua vida talvez tenha muito mais a ver com o coletivo do que com você mesmo, porque é um fluxo, uma harmonia de seres e vida, e ver alguém oprimido também doí, porque ele também faz parte de você e da sua história, e não faz sentido viver feliz e só.
A mudança de comportamento é a libertação do coletivo, de nós.
E o comportamento não vem apenas das atitudes; vem do pensamento também, quando a comparação já não faz tanto sentido, quando você está mais preocupado em resgatar quem você realmente é, em suas meditações e reflexões. Cada um está no lugar que escolheu estar, e a partir daí a gente para de culpar muita gente e se culpar, sabe?
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Esses sentimentos são frequências que trazem muita dor e confusão. A gente não tem mais tempo para isso. A vida pode ser muito mais prática e clara. Novas percepções e horizontes: o despertar vem muito daí também, de almejar o ponto 0, que nos mantém em frequência elevada, sem oscilar por causa de besteiras cotidianas.
Estamos aqui e agora, e é isso que importa. Namastê.