O tempo sempre foi alvo de muitas teorias. Suas divisões clássicas — passado, presente e futuro — são o principal alvo desses pensamentos, mas, com o passar do tempo e com as profundas mudanças na sociedade e no estilo de vida da população, a própria percepção de tempo foi alterada, fazendo com que pareça que temos menos tempo.
Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a internet e o aumento da expectativa de vida exercem um papel fundamental no processo de alteração da percepção de tempo.
“O tempo é subjetivo, por exemplo, para animais que vivem cerca de dez anos, como os cachorros, os minutos são mais preciosos do que para as tartarugas, que facilmente ultrapassam os cem anos”.
“Com o tempo, a expectativa de vida do ser humano teve um salto, fazendo com que dispuséssemos de mais tempo e conseguíssemos espaçar certas atividades; no entanto, esse processo veio acompanhado da revolução tecnológica, o que fez com que houvesse uma sobrecarga de informações, aumentando, assim, a quantidade de tarefas com as quais precisamos lidar, gerando a necessidade de instantaneidade, o que distorce a nossa percepção do tempo”, explica.
Passado, futuro e presente: Como melhorar a sua relação com o tempo
As divisões básicas do tempo são muito impalpáveis, o que faz com que nossa percepção sobre elas ganhe protagonismo; por isso, o Dr. Fabiano de Abreu ressalta a importância de se localizar para aproveitar melhor a passagem do tempo.
“Segundo pesquisas, nossa consciência tem cerca de 80 milissegundos de atraso em relação aos acontecimentos reais; ou seja, o que seria o presente? Já o passado e o futuro consistem basicamente nas lembranças e na imaginação, as quais são o principal para conseguirmos aproveitar melhor o tempo de que dispomos”.
“Nossas lembranças moldam a nossa história e personalidade, somos o nosso passado, e ele é a base para planejar um futuro, que, em última análise, também é fruto do passado. Por isso, é importante vivermos mais os atos do passado, ter mais contato com a natureza e seus ciclos, evitar o uso excessivo da tecnologia” — recomenda Dr. Fabiano.
Você também pode gostar
- Conheça os benefícios de passar um tempo sem companhia
- Encontre uma maneira eficiente de administrar o seu tempo
- Analise como é a sua relação com o tempo no cotidiano
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é um pós-doutor e PhD em Neurociências, tendo sido eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association. Ele é mestre em psicologia, licenciado em Biologia e História; também tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Também é membro Mensa, Intertel e TNS.
Currículo BR: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558
Currículo PT: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/8316-38CC-0664
Currículo INT: https://orcid.org/0000-0002-5487-5852