Quando falamos em preconceito, seja ele de que espécie for, acionamos a ideia da diferença, da distinção. Quando não falamos em preconceito e sim mostramos conhecimento sobre a igualdade, então, tornamos a igualdade como evidência.
Ao mostrar diferença ou falar de diferença, acionamos no cérebro a ideia de distinção. Se temos necessidade de a referir é porque inconscientemente também acreditamos que ela possa existir. Todos temos preconceitos dentro de nós, está impresso em nosso código genético como resultado de tudo o que passamos em nossa evolução, mas há quem não tenha a consciência da igualdade e a sua personalidade pode ser mais perversa em relação à diferença, e este lado mais sádico do preconceito pode estar interiorizado, mas não ativo.
Ao ouvir falar sobre preconceito, este indivíduo pode ativar o seu lado sombrio e passar agir com preconceito.
Nós temos que ter a conscientização da igualdade, do por que somos iguais dentro de uma base de conhecimento, e aí sim vamos ter uma noção exata do que seria igualdade e não falaríamos mais de preconceito.
Desta forma, evidenciar algo por oposição a outra coisa é criar quebras, é estabelecer padrões e acreditar que quem não os segue surge como desvio.
Não ter preconceito não significa que todos temos que ser iguais. Pelo contrário, não ter preconceito é acreditar que todos temos o mesmo valor evidenciando as diferenças que nos tornam únicos e que enriquecem o mundo que partilhamos.
Há diversos tipos de preconceito desde o cultural ao religioso passando pelo racial. E existe também um paradoxo nesta luta. Se o que nos move é a nossa diferença porque dizemos estar lutando pela igualdade? Antes de termos a noção de que todos nós somos iguais em termos humanos, devíamos lutar pela aceitação da nossa diferença e fazer dela não uma guerra, mas um contributo.
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O mundo seria um lugar extremamente monótono se todos fôssemos iguais. Por outro lado, o mundo seria um lugar tão mais desenvolvido, se soubéssemos aproveitar o que nos distingue para o bem de cada um de nós.
Este conteúdo faz parte do novo livro de Fabiano de Abreu, “Viver Pode Não Ser Tão Ruim” volume 2 — “Das Frasetas ao Contexto”.