Nas tribos, novos indivíduos nasciam, cresciam, envelheciam e morriam. O mesmo se passava com os rebanhos e as plantações, em sucessivos ciclos. O próprio tempo também seguia um padrão: o dia surgia após cada noite, o inverno dava lugar à renovação na primavera, as estrelas pareciam ser proeminentes em determinadas épocas, desaparecendo em outras, etc.
Esta incessante repetição trazia um pouco de conforto, pois tornava um tanto mais fácil regular a vida em constante busca pela sobrevivência, em ambientes que não favoreciam os seres humanos. A morte podia ser incompreensível e dramática, mas logo a vida se recompunha, seguindo adiante e trazendo novas gerações.
Com o passar do tempo e o aprimoramento das técnicas, a alma humana pode ser melhor compreendida e estudada. Os ciclos percebidos pelos nossos ancestrais adquirem uma dimensão cósmica e, de maneira consciente ou não, procuramos os sinais que apontam a direção provável da nova mudança.
Os antigos modelos econômicos, sociais e religiosos já não trazem mais respostas e conforto às almas. O poder estabelecido luta para ainda manter sua influência e percebemos a cada dia que somos considerados meros joguetes nas mãos dos poderosos. O nosso eu profundo grita pela liberdade de viver em plenitude, enquanto na realidade diária somos doutrinados para permanecer no estado de “sono”, ligados no mero consumismo e na ganância.
Toda grande mudança começa na própria pessoa. “O que está acima é igual ao que está abaixo”, já afirmavam os antigos! O caminho para o autoconhecimento é desencorajado, pois o mais premente ainda é obter, no mundo moderno, a subsistência. O processo de autoconhecimento, que leva ao despertar, é trabalhoso e lento. É muito difícil olhar para o nosso mundo interior e ter a consciência da nossa responsabilidade pelas dificuldades que enfrentamos… A saída mais fácil e apaziguadora é colocar a “culpa” dos nossos infortúnios nos outros.
Imaginamos que apenas alguns indivíduos “especiais” conseguem obter esse tal “despertar” e que isso os separa da própria humanidade, tornando-os diferentes. Pelo contrário, o ser humano “desperto” está consciente que pertence, em um nível muito profundo, à toda raça humana e ao Cosmos, e que as suas responsabilidades pelo bem pessoal e pelo bem maior são tremendas.
As ciências humanas aos poucos começam a serem transformadas, em um ritmo lento se comparadas às descobertas científicas e tecnológicas. Mas algumas vozes se levantam em busca de novos rumos, mesmo enfrentando a descrença e os arraigados preconceitos.
Pesquisadores descobrem que o ser humano possui realmente algumas qualidades que no passado eram vistas como “mágicas”: premonição, telepatia, visão remota, etc. As pesquisas neste sentido são dificultadas e ridicularizadas, pois se o ser humano puder acelerar a sua evolução espiritual, estará acelerando também a renovação deste planeta. Assim, cairão os antigos sistemas e o ser humano, renovado, viverá de acordo com a sua verdadeira natureza, em consonância com o Universo.
A Nova Humanidade e a Nova Terra já estão às portas. Você tem ouvidos para escutá-las e coragem para trilhar o caminho da transformação?
Referências
“O Despertar dos Mágicos” – Louis Pauwels e Jacques Bergier – Difel Editora.
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