“Se lembra da fogueira?
Se lembra dos balões?
Se lembra dos luares dos sertões?
A roupa no varal, feriado nacional
E as estrelas salpicadas nas canções”
Maninha – Chico Buarque
Já disse com muita propriedade e gênio Freud: “Somos o que vivenciamos”. E eu vou um pouco mais além ao dizer que nem todos os lugares que achamos ser o nosso, é o nosso lugar de verdade. Mesmo num universo de saudade.
A saudade é uma emoção que transcende o tempo, costurando as experiências passadas no tecido do presente. É um sentimento que se manifesta quando a ausência de algo ou alguém querido se faz sentir de maneira profunda.
O curioso é como esse eco do passado se movimenta e influencia nosso estado emocional no presente. A saudade, muitas vezes, atua como uma ponte entre o que foi e o que é. Ela nos conecta aos momentos vividos, às pessoas que deixaram marcas indeléveis em nossas vidas.
À medida que refletimos sobre essas lembranças, somos transportados para um estado de nostalgia, onde os sorrisos, as lágrimas e os momentos significativos ganham vida novamente em nossa mente. Essa dança entre passado e presente é fascinante.
A saudade não é apenas um lamento pela perda, mas também um catalisador para a apreciação do momento atual. As experiências que vivemos moldam quem somos, e a saudade serve como um lembrete constante dessa jornada. Cada encontro, cada despedida, contribui para a tapeçaria única de nossas vidas.
No presente, a saudade pode nos impulsionar a agir de maneiras que honram o que ficou para trás. Podemos buscar reconectar-nos com amigos distantes, reviver tradições familiares ou simplesmente apreciar a beleza efêmera da vida cotidiana.
Ela nos lembra da importância de valorizar as relações e os momentos enquanto estão presentes, pois em algum momento, eles também se tornarão parte do tecido da saudade. Entretanto, a saudade não é apenas um fenômeno individual.
É uma experiência compartilhada, um fio que une as pessoas em sua humanidade comum. Nas histórias que contamos uns aos outros, nas músicas que ecoam em nossos ouvidos, encontramos a expressão coletiva desse sentimento universal. Assim, a saudade não é apenas uma reverência ao passado, mas um convite para dançar com a complexidade do presente.
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É um lembrete de que a vida é uma jornada em constante evolução, e cada lembrança, cada lacuna deixada por algo ou alguém, contribui para a rica tapeçaria de nossas existências. Portanto, ao sentir a saudade, abraçamos não apenas o que foi, mas também o que é e o que está por vir.