Convivendo Educação

A tecnologia e as gerações

Escrito por Tania Regina Maltez

É impressionante como com pouco tempo de vida, a geração chamada “Y” presenciou os maiores avanços na tecnologia. Essa geração inclui os nascidos na década de 80 até meados dos anos 90.

São considerados como inovadores e grandes empreendedores. Contudo, além dessas características, estão negativamente associados à personalidade individualista e imediatista.

Fazem parte desse grupo aqueles que têm a capacidade de executarem várias atividades ao mesmo tempo como, por exemplo, navegar na internet, trabalhar, ouvir música, ler e falar ao celular. Tudo isso ao mesmo tempo. Mas compartilham de relações menos hierárquicas, pois em redes sociais todos podem ouvir e se expressar e dar suas opiniões ao mesmo tempo.

No ambiente profissional a geração “Y” convive com o grupo mais velho que chamado de geração “baby boomer”, formada pelos nascidos entre 1946 e 1964, e os da geração “X” que vieram ao mundo entre 1965 e 1978 onde as tecnologias eram na época, sonhos de consumo e pura ficção científica.

Nascidos numa época em que a tecnologia já fazia parte da maternidade estão agora nas salas de aula, e procuram novos modelos de ensinamentos e professores que possam acompanhar essas novas demandas também no que se refere aos modelos de ensino.

A escola precisa acompanhar esse fluxo sob o risco de que, caso não acompanhe estas tecnologias e esta situação de educar antenada com essa realidade, pode ocorrer a migração de alunos e professores para escolas que estão mais adequadas a isso. E no final sobra também para os pais que em suas casas e educando essa geração, também precisam se adaptar.

Convivem diariamente com esses adolescentes que almoçam, jantam, dormem e executam tantas outras atividade com o celular, tablet ou laptop, ou todos ao mesmo tempo. Esses jovens consideram esses dispositivos suas “terceiras mãos”, um membro a mais em seus corpos. Suas existências, seus organismos não têm mais significado sem esse órgão vital.

E assim vão se acabando os acampamentos, os passeios para locais onde a rede da internet, o wi-fi, não funciona, não está disponível ou “não pega bem”. Esses passeios podem ser comparados a uma excursão para uma cadeira elétrica, a um passeio pelo cemitério, tamanho é o desagrado desses jovens.

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Com isso os pais acabam abortando um pouco a convivência diária. No geral, não sabem como lidar com seus filhos frente ao desafio de encontrar um ponto de equilíbrio entre essas atividades tecnológicas e o convívio social e familiar.

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Para algumas famílias a tecnologia virou moeda de troca de condutas: “Se não fizer isso, tiro seu celular por um dia!”. E assim, na visão dos filhos, os pais tornam-se, verdadeiros algozes, carrascos, por submetê-los à tamanha crueldade.

Mas todos nós, pais, professores, educadores, escola temos que conviver com estas tecnologias de maneira saudável, de maneira dosada e transformá-las em uma ferramenta que nos ajude a caminhar. E com isso temos já e teremos lá para frente profissionais realizados, felizes, antenados e de excelência.

Sobre o autor

Tania Regina Maltez

Formada e pós graduada em Pedagogia pela Universidade Católica de Petrópolis, especialista em educação infantil e educação especial. É Coordenadora Geral de Ensino do Colégio Cenecista Pedro do Rio em Petrópolis. Tânia também ministra palestras motivacionais para grupos e empresas para estimular o trabalho em equipe.

E-mail: 1116.taniamaltez@cnec.br
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