O crescimento das pessoas se assemelha ao galgar dos degraus de uma escada em caracol que contorna o interior de uma grande torre. Você vai subindo a escada e, de tempos em tempos, olha através das pequenas janelas que mostram o mundo lá fora. No início, sua visão é limitada a uma curta distância, e você se distrai com os detalhes que consegue distinguir. Na medida em que sua caminhada prossegue, sempre subindo e contornando a torre, as paisagens vão variando, e o horizonte de sua visão vai se ampliando cada vez mais; os detalhes passam a perder a importância.
Existem outras pessoas, que, como você, estão também subindo as escadarias da torre, porém situadas em níveis e em posições diferentes da escada. Ao comunicar-se com essas pessoas, você nota que a forma de elas verem a vida é muito diferente da sua, pois elas não enxergam a mesma paisagem que você enxerga, e nem o seu horizonte está à mesma distância que o horizonte que elas conseguem vislumbrar.
No processo de evolução pessoal, cada um tem crenças, atitudes e caráter diferenciado, dependendo do ponto em que se encontram dentro da torre.
Quem ainda não percebeu que está na torre sequer consegue entender e respeitar as diferenças existentes entre os seres humanos. Eles se julgam os donos da verdade e só acreditam no que veem através de sua pequena janela.
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Aqueles que já deram algumas voltas nas escadarias da torre sabem que as verdades são relativas e que, ao galgarem aqueles degraus, mais se aproximam da luz que vem de cima.
E aqueles que já entenderam a razão de sua existência na torre procuram acelerar seus passos, pois sabem que só quando atingirem o topo terão a visão integral da verdade indiscutível, pois ela será igual para todos.
Assim, não sejamos arrogantes a ponto de pretender que nossa verdade seja absoluta. Mas é dever de todos declararmos nossa verdade relativa, aquela que enxergamos pela janela ao nosso lado e, assim, contribuir para que outros acelerem a montagem do quebra-cabeças que vão formando ao longo de sua caminhada pelas escadas da torre. Pois quanto mais próximos do topo, mais sabemos que chegar lá sozinho não tem graça: a Verdade Absoluta só pode ser celebrada pela Humanidade Consciente.