Transição Planetária

A Transição Planetária e a Quinta Dimensão

Fotografia do planeta Terra visto do lado contrário à exposição do sol.
123RF/Janez Volmajer
Escrito por Tereza Gurgel

Com a popularização de conceitos da Física Quântica, é impossível não ficarmos impressionados com a semelhança entre estes conceitos e as tradições mais antigas, encontradas em religiões de todo o mundo. Em antigos textos, em uma linguagem poética e muito obscura, escritores inspirados falam de uma realidade que está além da percepção captada pelos nossos cinco sentidos.

“A teoria quântica nos fornece uma ilustração impressionante do fato de que podemos entender completamente uma conexão, embora só possamos falar dela em imagens e parábolas.” – Werner Heisenberg (físico teórico alemão)

Algumas obras de literatura apresentaram estas perspectivas, encontradas na lógica matemática. Como exemplo disto, recomendo a leitura de uma novela do escritor Jorge Luis Borges, chamada “O Aleph”. Nele, o autor relata haver um ponto no espaço – situado na escadaria do porão da casa de um amigo! – de onde seria possível contemplar o universo inteiro e todas as coisas nele contidas.

Autor Jorge Luis Borges e seu livro, “O Aleph”

O matemático alemão Georg Cantor chegou ao “número transinfinito”, um conceito que ultrapassa a capacidade infinita do próprio universo. Por sinal, existem infinitos desses números, cada um deles chamados “aleph”.

André Breton, escritor e teórico do surrealismo, afirma no segundo manifesto deste movimento: “Tudo leva a crer que existe certo ponto do espírito de onde a vida e a morte, o real e o imaginário, o passado e o futuro, o comunicável e o incomunicável, o alto e o baixo cessam de ser vislumbrados contraditoriamente”.

Na Alquimia, nos êxtases de grandes místicos, encontramos a ideia de um ponto transinfinito, de onde todo o universo seria perceptível. E os matemáticos e físicos teóricos de hoje manipulam conceitos que desafiam o senso comum.

“O universo não é apenas mais estranho do que pensamos, é mais estranho do que podemos pensar.” – Werner Heisenberg

Na física, o conceito de dimensões descreve o espaço. As três primeiras nos são bem familiares: comprimento, altura e profundidade (volume). A quarta dimensão seria o tempo.

Os físicos falam de dimensão no sentido de uma direção no espaço. Nós, leigos, chamamos as direções de “para cima”, “para baixo”, “para frente”, “para trás”, etc. Na física isto não tem nenhum sentido, pois cada uma dessas dimensões está em todo lugar. E existem múltiplas dimensões à nossa volta, só que não as percebemos: elas podem ser minúsculas ou infinitamente gigantescas, concebidas apenas através da ciência – ou da mais alta inspiração mística ou poética.

“Os átomos e partículas elementares em si não são reais; eles formam um mundo de potencialidades ou possibilidades, e não de coisas ou fatos.” – Werner Heisenberg

Parte da Terra vista do espaço, de cabeça para baixo.
Foto: Pexels/Jaymantri

Além destas dimensões “comuns”, os estudiosos hoje advogam a existência de seis ou sete dimensões (perfazendo o total de dez ou onze):

Quinta dimensão: seria um universo com algumas similaridades e diferenças em relação ao nosso.

Sexta dimensão: veríamos um plano de mundos possíveis, onde haveria viagens no tempo.

Sétima dimensão: nas dimensões anteriores, as condições iniciais na origem dos universos seriam as mesmas. Aqui, acessaríamos mundos que começaram com condições totalmente diferentes das nossas.

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Oitava dimensão: os novos mundos, que se iniciaram com condições diferentes às nossas, aqui se ramificariam infinitamente.

Nona dimensão: poderíamos comparar todas as histórias possíveis do universo, começando com todas as leis diferentes da física e todas as possíveis condições iniciais.

Décima e undécima dimensão: todo o possível e imaginado é coberto – dependendo da teoria das cordas aceitas (existem cinco!), podem ser dez ou onze dimensões. E, além disso, poderiam existir mais dimensões, as quais não podemos sequer imaginar.

Se as teorias da física forem comprovadas, abre-se uma perspectiva extraordinária ao espírito humano.

Homem em pé sob um arco de rocha, à noite, em meio a um céu estrelado.
Foto: Pixabay

“O espaço em que se desenvolve o ser espiritual do homem tem outras dimensões além daquela em que se desenvolveu durante os últimos séculos.” – Werner Heisenberg

Estamos vivendo hoje uma época de grande transição, de um mundo antigo para algo completamente diferente – pois a mudança não está ocorrendo apenas em nossos hábitos, em nossa civilização, mas em camadas mais profundas em cada um de nós, que nos atingem como espécie consciente e criadora, habitantes deste planeta. A consciência humana se liberta de antigos padrões limitadores. Nossa responsabilidade aumenta ainda mais, uma vez que nossas ações repercutem no próprio Universo. A hora de agir em favor de nossa evolução chegou.

“Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito.” – William Blake (poeta e pintor inglês)

Referências

“O Despertar dos Mágicos” – Louis Pauwels e Jacques Bergier – Editora Difel

Sobre o autor

Tereza Gurgel

Formada em Psicologia (F.F.C.L. São Marcos - SP). Filiada à ABRATH (Associação Brasileira dos Terapeutas Holísticos) sob o número CRTH-BR 0271. Atua na área Holística com Reiki, Terapia de Regressão e Florais de Bach. Mestrado em Reiki Essencial Metafísico e Bioenergético Usui Reiki Ryoho, Shiki, Tibetano e Celtic Reiki. Ministra cursos de Reiki e atende em São Paulo (SP).

E-mail: zenrunic7@gmail.com
Site: mtgurgel.wixsite.com/mundoholistico
Skype: tk.gurgel