Autoconhecimento Psicapometria

A vida é um tormento para aquele que não muda

Escrito por Paulo Tavarez

Como é triste encontrar pessoas que desistiram de si mesmas e que apresentam um total desinteresse pela vida, por mudanças, como se estivessem à espera do Trem das sete horas, o último do sertão como diz a canção, ou seja, preparados para morrer. Muitos não sabem que já morreram. Não percebem que são mortos-vivos, vivendo como verdadeiros zumbis, pois renunciaram todas as prerrogativas de força e poder que trazem para conquistar o que quer que seja e passaram a viver como robôs programados, cumprindo de forma automática os imperativos da existência sem demonstrarem qualquer inclinação para mudar a própria realidade.

Por que chegamos a esse ponto? Essa pergunta merece profundas reflexões. Muitas vezes somos vitimados pelos próprios medos e o medo deve ser considerado o único e maior inimigo do homem, pois representa todo o vazio que acaba sendo preenchido por nossa mente enfermiça.

Poucos percebem que esse inimigo deixará de existir através do conhecimento, pois assim como o conhecimento é representado pela luz o medo representa as trevas, ou seja, o homem sofre por desconhecer a dinâmica da existência e principalmente por não se conhecer. Quando escolhe não desenvolver nenhuma intimidade com a própria alma, acaba agarrando-se às regras e conceitos criados pelo poder opressor das tradições. Não percebe que vive na escravidão de um programa de crenças e valores que tem o objetivo de deixá-lo seguro, é claro, com a única intenção de controlá-lo.

O homem passa a vida fazendo afirmações limitantes, do tipo: “Sou fraco! Sou incapaz! Isso não é para mim! Não sou inteligente!” E assim por diante. Não percebe que cada afirmação dessas tem o poder de criar condicionamentos negativos que conspiram contra sua capacidade construtiva, não entende que pratica uma espécie de suicídio evolutivo, permanecendo estagnado em zonas de conforto que não trazem qualquer benefício para o desenvolvimento e expansão da própria consciência.

Um dos piores decretos utilizados contra si mesmo é aquele: “Sou velho para isso”. Como lutar contra esse modelo de pensamento? Parece impossível. Ora, por que não posso começar algo novo depois dos 50 anos? Por que não posso aprender um novo instrumento, falar um novo idioma, voltar para a faculdade? Quem determinou isto?

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Existem verdades prontas que acionamos de forma automática sem questionar, como se questionar fosse uma transgressão à ordem imposta, como se não nos restasse alternativa que não fosse seguir o protocolo vigente, convenhamos, isso é muito triste. Muitos relutam em colocar o pijama, pendurar as chuteiras, estão sempre dispostos a buscar algo novo e isso é rejuvenescedor, pois estão no ápice da sabedoria. Pena que seja exemplos raros.

A vida não olha a idade, pois ela estará sempre propondo desafios, ninguém está aqui apenas para ficar jogando bingo na praça ou dominó o dia inteiro.

Mesmo que não exista a possibilidade de mudar a realidade exterior através de qualquer empreendimento pessoal, é possível, sempre, mudar a si mesmo e esse deve ser o objetivo de cada um.

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A vida é um tormento para aquele que não muda, pois vive procurando culpados pelas suas dores, veste a indumentária de vítima e destila sentimentos corrosivos contra antigos desafetos, aqueles a quem elegeu como responsáveis pela sua miséria emocional.

Valorize seu limites e por certo jamais irá livrar-se deles.

– Richard Bach

Sobre o autor

Paulo Tavarez

Instrutor de yoga, pedagogo, escritor, palestrante, terapeuta holístico e compositor. Toda a minha vida tem sido dedicada à construção de um mundo melhor.

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