Comportamento Consciência Aplicada

Aceita que dói menos

Pés andando com seta no chão apontando para frente
Escrito por Andrea Pavlo

Incrível como algumas situações te amadurecem com a velocidade da luz. Há apenas dois meses eu era outra pessoa, apesar dos muitos anos de terapia e de todos os processos de limpeza emocional e espiritual pelos quais eu passei. Mas estar numa situação dessa, nos molda por toda a vida.

Há alguns dias, assisti uma entrevista com o filósofo Luiz Felipe Pondé na CNN Brasil. Ele dizia que as pessoas não vão mudar tanto assim depois da quarentena. Discordo! Não acredito que uma situação como essa não traga transformações profundas para todos os envolvidos.

Médica com equipamento de proteção para trabalhar
Foto de H Shaw no Unsplash

Conheço pessoas que estão na linha de frente, médicos e enfermeiros. Conheço pessoas do grupo de risco. Conheço pessoas que não estão dando a devida atenção à quarentena. E mesmo nestas pessoas algum tipo de transformação já aconteceu.

Precisamos agora aceitar que a vida não será mais a mesma. Não é mais a mesma na realidade. As coisas já foram transformadas exteriormente, e isso não é uma condição de escolha. A única escolha que temos é aquela que permeia toda a existência, ou seja, escolher o que fazer com a informação que nos foi dada.

O psicólogo B. F. Skinner, precursor da psicologia comportamental, dizia que não existe de fato uma liberdade e que só podemos escolher entre as coisas que já existem. Apesar de eu não ser uma terapeuta comportamental, concordo totalmente com essa informação. Vivendo o hoje, e aprendendo as coisas que estamos aprendendo, podemos perceber que temos uma escolha.

Casal segurando rolos de papel higiênico com máscaras no rosto
Foto de Polina Zimmerman no Pexels

Podemos viver apavorados, pensando que seremos contaminados a qualquer momento; podemos viver à parte de qualquer tipo de informação; podemos encontrar também o que eu acho mais plausível — um ponto de equilíbrio entre aceitar a mudança e manter a nossa vida.

O fato é que não temos tanto controle quanto gostaríamos sobre os fatos da vida. E algo dessa magnitude deixa isso sempre muito claro. Numa sociedade de extremo controle onde todas as variáveis podem ser modificadas a qualquer momento percebemos que uma parcela disso não nos pertence e isso pode ser motivo de pânico e desespero. Você precisar olhar para os sentimentos de fato e não fugir deles com distrações.

Quando tiramos as distrações, só sobra a gente mesmo. Isso pode ser desesperador para quem quer manter o controle o tempo todo, é um momento de pensar nisso. É também um momento de amadurecimento para toda uma sociedade e para cada indivíduo. A transformação não virá somente com a morte de algumas pessoas que vão contrair ou que já contraíram o vírus. As transformações serão feitas em cada ser humano, mesmo que ele tente voltar ao status quo depois da quarentena.

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A máxima “aceita que dói menos” é bem utilizada neste caso. Aceitemos que Um: as coisas mudaram; Dois: o que podemos fazer é apenas nos adaptar. E tudo bem! Isso faz parte da maturidade, e faz parte de nós tornarmos uma sociedade mais madura e pessoas mais adultas.

Aceita que dói menos!

Sobre o autor

Andrea Pavlo

Meu nome é Andrea Pavlo. E poder apresentar esse nome assim, parece fácil, mas não foi. Esse nome é fruto de muito autoconhecimento e autoanálise.

Fruto de duas faculdades e mais de mil horas de cursos, mentorias, vivencias e aprendizados. Fruto de muitos risos, muitas dores e muitos resultados. Sou uma espiritualista que aprendeu a servir. Servir ao outro com seus aprendizados. Apoiar mulheres a passarem por suas próprias dores.

Filha de pais narcisistas, passei a vida tentando entender a cabeça deles. Isso me ajudou a me apaixonar pela psicologia e por todas as ciências afins.

Filha de Iansã, devota de Santa Sara e neta da Dona Arlinda, trouxe uma
mediunidade temperada com clarividência, sonhos premonitórios e um dom de ler o inconsciente coletivo e pessoal. Dom que eu uso justamente para servir.

Apaixonada pela beleza da arte, da decoração e da moda, adoro transitar nesses pequenos grandes universos cheios de simbologias. Amante dos ensinamentos de Carl G Jung e seu entendimento do mundo, dos arquétipos milenares do tarot e por todas as formas de mistérios ocultos e especiais que considero o tempero especial da realidade.

Tentando manter os pés sempre no chão, o peso equilibrado e o humor em dia, esses são meus desafios eternos. Desafios que eu encaro com força e muita criatividade, além de uma xícara de café quente e um pão de queijo saindo do forno.

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