Eu sempre fico espantada com a velocidade do tempo. É incrível que algo tão subjetivo possa ganhar força física e se materializar. Sim, o tempo é subjetivo do ponto de vista filosófico e ainda mais subjetivo do ponto de vista místico, mas isso é assunto para outro texto. O ano mal começou e já vai acabar. Nem deu tempo de ele envelhecer para dizermos “adeus ano velho”…
A minha observação do ano que vai se findando é essa: ele mal começou e já vamos dizer adeus. Alguns o farão com gratidão, outros com alívio. Olhando mais de perto, é um ano novinho em folha terminando, um amigo leal que nos permitiu chegar até aqui e nos apresentou 365 dias de novas chances.
Dizer que 2016 foi um ano ruim, com dificuldades e desafios, é repetir o que ouço o tempo todo das pessoas com quem tenho falado. Isso me traz uma reflexão comparativa com anos passados. É certo que muitos de nós passamos por situações que não desejamos passar. Coisas foram perdidas, muitos se foram.
Mas será que, num lampejo de lucidez prática, uma rápida visita aos anos anteriores trará à lembrança outros desafios e outras dificuldades que foram vencidas? E por que algumas pareceram tão mais leves, tão mais fáceis? Porque já passou…
Comparar os desafios mais recentes em nossa memória emocional àqueles que já foram superados é injusto. São duas coisas incomparáveis. Cada momento de nossa vida traz algo para nos confrontar; algumas vezes com alegria, outras com tristeza. E vamos vencendo, com as forças e ferramentas que tivermos disponíveis a cada momento, vamos vencendo…
Nomear as dificuldades que temos com os dígitos do ano em que elas surgiram é quase uma transferência de responsabilidades.
Ainda que tenhamos a numerologia, as previsões, simpatias de virada de ano, autoconfiança ou simplesmente fé para nos orientar, a base de toda luta e de toda vitória que a vida nos apresenta a cada período, está, sobretudo na maneira com a qual enfrentamos cada situação e – mais importante – na maneira como reagimos a elas.
Seja como for, sugiro um exame ou, como eu gosto de fazer, uma lista das coisas positivas e negativas. Um balanço, um fechamento, de coração aberto e honesto à parte do que foi nossos desejos, mas considerando as bênçãos e os desafios que esse período apresentou. Muitos se surpreenderão ao perceber que o saldo é positivo e, nesse caso, dirão a 2016 somente “ adeus Ano Novo”, como quem se despede de um novo amigo que, de passagem, nos deu essas dicas:
1. Antes de rezar, acredite;
2. Antes de falar, ouça;
3. Antes de gastar, ganhe;
4. Antes de se entregar, tente;
5. Antes de morrer, viva!
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Eu desejo que muitos fechem seus balanços pessoais “no azul” e que recebam o novo ano com a força e a coragem que ele merece. Tenhamos todos um lindo ano.