Autoconhecimento Psicoterapia

Afinal, o que é abuso?

Figura de mulher em dois planos: à frente, ela está com as mãos sobre o rosto; sob esta imagem, ela está cabisbaixa.
Katarzyna Białasiewicz / 123RF
Escrito por Andrea Fray

Abuso é a apropriação e usufruto do valor, característica, personalidade, condição familiar, financeira, emocional e psicológica de outrem em benefício próprio, de modo a fazer mal ao originário.

Infelizmente, é raro encontrar quem não tenha passado por situações abusivas, tentativas de abuso e/ou já tenha sido abusivo de alguma maneira. Atendo diariamente casos de diversos tipos, dos mais sutis aos mais explícitos!

Abusos criam marcas para sempre, e o pior, acabam por estruturar a personalidade de tal maneira que o indivíduo acaba por confundir sua identidade com as características sintomáticas. Tais quais:

?Medo constante de se relacionar;

?Dificuldade permanente de se abrir com pessoas e fazer amigos;

?Desconfiança de tudo e todos;

?Choros aparentemente sem motivo;

?Esperar sempre o pior das situações e das pessoas;

?Pessimismo;

Homem com mãos sobre o rosto e cabisbaixo.
Daniel Reche / Pexels

?Baixa autoestima;

?Sensação de falta de mérito;

? Desvalorização de si própria;

?Sensação de incapacidade;

?Extrema vulnerabilidade;

? Autodestruição (desde roer as unhas a ações claramente mórbidas ou fatais);

? Codependência.

Há ainda personalidades que expressam o impacto do abuso em comportamentos autodefensivos, em que há “disfarces psíquicos” de todo tipo na tentativa de anular ou esconder suas fragilidades e dor. Tais quais:

?Inconsequência;

?Arrogância;

?Raiva permanente e irritabilidade constantes;

Homem gritando e com o semblante raivoso. Ele se apoia sobre uma mesa e bate uma das mãos nela.
Andrea Piacquadio / Pexels

?Agressividade abrupta;

?Violência contra os outros;

?Responsividade;

?Destaque nos grupos por sentir-se sempre o diferente (via popularidade ou exclusão);

?Complexo de superioridade;

? Autossuficiência;

?Dependência afetivo-emocional.

Abusos acontecem em vários aspectos e fases da vida e normalmente os mais difíceis de serem tratados são os sutis e “normalizados”.

? Desautorização na frente de colegas de departamento (humilhação) ou de um genitor pelo outro frente aos filhos, de uma sogra com a nora perante uma louça ou escolha que envolva seus filhos;

? Os “cala-bocas” inseridos num contexto familiar como via de educação;

? A crítica constante disfarçada de boa intenção e colaboração;

? Ausência ou omissão perante um dependente (criança, pet, doente, idosos impossibilitados);

? Pressão por sexo ou exigências sob qualquer tipo de ameaça de perda ou punição expressa ou velada.

?Chantagens “bobas”. Ex.: “Se não pegar isto pra mim, ficará sem sorvete”.

? “Pegar carona na energia”, ou seja, alguém está indo muito bem em algo (profissão, por exemplo) e é exigido, por consanguinidade, a “arranjar” emprego ou ajudar financeiramente o irmão encostado.

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? Lesão, exposição e invasão à intimidade física e emocional sem consentimento. Por exemplo, expor um segredo ou fraqueza de um amigo ou cônjuge em uma reunião social.

Fique atento aos sinais, ao histórico e lembre-se de que ajuda profissional é essencial para um encaminhamento funcional e sadio dessas “feridas”.

Saiba que é possível desenvolver autoconhecimento o suficiente para se fortalecer e permitir-se explorar o próprio íntimo em movimento de autorresgate!

Quanto antes assumir sua condição e começar a se trabalhar, melhor!

A psicoterapia associada a sessões de hipnose conversacional são extremamente válidas nesse processo.

Tem dúvidas? Precisa de auxílio? Não hesite em me escrever.

Para mais: www.synaptyco.com

Sobre o autor

Andrea Fray

Terapeuta integrativa sistêmica, pós-graduada em psicologia cognitiva e comportamental com ênfase em terapia familiar e de casal, master em hipnose conversacional (Change Work) e coach - life, leader, professional (turn point).

Possui também especialização em meditações ativas, gestão de pessoas e formação em processos gerenciais.

Idealizadora do método CCD (Current Context Diagnosis) de terapia breve.

Pesquisadora, escreveu artigo científico, abordando a autenticidade como método na clínica psicológica.

Atua desde 2005 realizando atendimentos individuais e para grupos com crianças, adolescentes e adultos em espaços terapêuticos, escolas, CAPSIS, promovendo projetos próprios na área de desenvolvimento humano, atendendo demandas de forma exclusiva, criando propostas e processos totalmente particulares.

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