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Alegria de viver

Diversas pessoas em uma praia pulando para a foto
Sarangib / Pixabay / Canva
Escrito por Ana Racy

Hoje, a pedido de uma pessoa querida, o tema será sobre a alegria de viver. Existem muitos pontos de vista diferentes sobre a alegria de viver, e encontramos também aqueles que não conseguem ver qualquer alegria no quesito “viver”.

Os maiores questionamentos atualmente são: como ter alegria num mundo de desigualdades, de injustiças e tragédias? E eu diria que o mundo sempre teve um pouco de cada coisa. A questão é: como temos reagido face a esses acontecimentos?

É certo que cada um reage de uma maneira diferente, mas quando permitimos que qualquer coisa externa tire nossa paz, é quando perdemos a oportunidade de ver as coisas ligadas à alegria.

Faço aqui uma referência ao filme ‘DivertidaMente’, que nos mostra com muita clareza que não é possível sermos alegres o tempo todo. Todas as emoções fazem parte da nossa vida: a tristeza, o medo, a repulsa (ou Nojinho, no filme), a raiva e a alegria! Mas elas não precisam concorrer entre si, cada uma tem o seu momento.

Vivemos inúmeros momentos simples que nos dão alegria, como por exemplo: brincar com um animalzinho, dar risada de uma piada ingênua, aproveitar um dia de sol na praia ou na praça. Em outros momentos, podemos sentir muito prazer, como comer um pratinho de brigadeiros ou comprar uma roupa nova.

Pai, filho e cachorro deitados em uma cama, brincando
BernardBodo / Getty Images Pro / Canva

Tudo isso é passageiro e rapidamente pode dar lugar a outra emoção, dependendo dos acontecimentos externos. Mas existem também aqueles momentos que são de felicidade e estão ligados ao nosso mundo interno. A contemplação da natureza, com toda sua perfeição. O apreciar de uma música, sentindo a vibração de cada nota como se fosse em nosso corpo. A doação verdadeira do nosso tempo, de coisas materiais, do nosso amor para quem necessitar, seja a pessoa quem for e de onde for. Isso é estado interno e uma conquista que ninguém pode tirar de nós.

As emoções se manifestam principalmente no Sistema Límbico do nosso cérebro e dominam nossas reações instintivas. Paul Ekman diz que as “emoções podem começar antes que a mente tenha consciência delas e são tão difíceis de serem controladas quanto um trem desgovernado”.

A parte importante é conhecermos as emoções e entendermos qual delas estamos sentindo, porque somente nesse momento podemos decidir se elas tomarão conta de nós ou se nós teremos o mínimo de controle sobre elas.

Quando conseguimos saber o que fazer com a emoção no momento em que ela chega, provavelmente pediremos menos desculpas, enfrentaremos as situações desagradáveis com menos desconforto e estragaremos menos o nosso organismo com os desequilíbrios da raiva.  

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Nós somos os únicos responsáveis pelo quanto vivemos de alegria ou tristeza, por escolhermos ver o copo meio cheio ou meio vazio, por aceitarmos ou não a vida como ela se apresenta. A alegria pode ser encontrada em coisas simples, e a felicidade nada mais é do que proporcionar felicidade.

Gostaria de registrar aqui uma decisão tomada por Patch Adams, médico palhaço, feliz por opção. Aos 18 anos, pensou sobre como poderia ser um instrumento do amor e da justiça por toda sua vida e decidiu tornar-se médico.  Depois disso, escolheu ser feliz todos os segundos pelo resto da sua vida e assim tem sido por 53 anos….

Fácil? Ninguém nunca disse que seria, mas também nunca disseram ser impossível. Será que esse não é o momento de nós decidirmos de que lado queremos estar? Devemos escolher o lado negativo das coisas ou as alegrias simples da vida?  

Para encerrar, deixo alguns exemplos de práticas que podem trazer alegria/felicidade:

  • Aprenda a rir dos próprios erros
  • Aprecie o nascer ou o pôr do sol
  • Faça o bem
  • Dance
  • Respeite as diferenças
  • Leia um bom livro
  • Assista a um bom filme
  • Aprenda a desfrutar da sua própria companhia

Sobre o autor

Ana Racy

Psicanalista Clínica com especialização em Programação Neurolinguística, Métodos de Acesso Direto ao Inconsciente, Microexpressões faciais, Leitura Corporal e Detecção de Mentira. Tem mais de 30 anos de experiência acadêmica e coordenação em escolas de línguas e alunos particulares. Professora do curso “Psicologia do Relacionamento Humano” e participou do Seminário “O Amor é Contagioso” com Dr. Patch Adams.

E-mail: anatracy@terra.com.br