Autoconhecimento

Amizade, néctar da juventude

Escrito por Eu Sem Fronteiras

É na infância que desenvolvemos não só boa parte da nossa personalidade como também aquelas que podem vir a ser nossas melhores amizades ao longo da vida. Afinal, a amizade é a primeira instância de contato social que temos fora do círculo familiar, das mesmas visões de mundo e dos mesmos comportamentos. Assim, quanto mais amigos fazemos nesse momento singular da vida, mais nos acostumamos à diversidade de opiniões, crenças e até mesmo aparências e etnias que encontramos por aí, principalmente em um país como o Brasil.

Naturalmente, embora o processo de construção de uma amizade seja bem mais simples para uma criança do que para um adolescente ou adulto, também é praticamente impossível para uma criança fazer amigos sem a ajuda, ou pelo menos a intervenção dos pais de alguma maneira. Enquanto um adolescente vai a festas e no geral simplesmente sai sozinho (e, portanto, tem seu contato com outras pessoas facilitado), uma criança depende dos pais para ir a um parque ou viajar, por exemplo. Mesmo para ir à escola, o lugar mais básico para conhecer outras pessoas e futuros amigos, a criança depende da iniciativa dos pais.

Então, é uma via de duas mãos que se auxiliam. Os pais dão o “empurrão” necessário para seus filhos conhecerem gente nova, e estes constroem os laços com os recém-conhecidos.

No entanto, essa balança pende para o lado dos pais. É deles que deve vir a iniciativa para um primeiro contato entre seus filhos e outras crianças, não só do mesmo sexo e idade como também de ambos os sexos, de diferentes faixas etárias, várias crenças (e não apenas aquela compartilhada pela família), etc. Pois isso, estabelece as bases para que ele ou ela, mais tarde, saiba respeitar as diferenças.

Além disso, o grau de liberdade oferecido pelos pais para os filhos e seus amiguinhos também é um fator importante que influencia e muito, tanto nas amizades que eles terão quando jovens como em algumas características suas quando crescerem. Pais muito rígidos podem limitar o contato entre seus filhos e outras crianças, tornando-os ao mesmo tempo mais dependentes dos pais e mais solitários. Do mesmo modo, pais muito liberais criarão filhos que farão mais amigos e que serão, também, mais independentes deles.

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Outra atitude que os pais podem tomar para que seus filhos tenham bons amigos e cresçam boas pessoas é incentivar a divisão de brinquedos e posses, evitando expressões como as clássicas “A casa é minha, eu escolho” ou “Isso é meu, não seu!”. Esse incentivo torna os pequenos mais sociáveis e amigos melhores, além de despertar desde cedo a divisão e o compartilhamento, o que é muito bom.

No fim, o trabalho conjunto de pais e filhos (com uma ênfase especial para os pais) pode ser ótimo e ajudar as crianças a aprenderem e a se desenvolverem, assim como terem bons amigos que os ajudarão a passar por essa e outras fases da vida.


Escrito por André Leonenko da Equipe Eu Sem Fronteiras

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