O que é o amor senão um eterno ensinar? O que é o amor senão um eterno amar?
Na ânsia e na ansiedade de explicar o que é o amor, estamos sempre procurando uma forma de desenhar com cores, com leveza e com pureza o que é o amor.
O amor pode acontecer de várias maneiras: na maternidade, na amizade, na maturidade e na eternidade. E tão vago quanto esses conceitos é o amor.
Quando amamos, de nada temos certeza além de que apenas amamos e, por amor, abdicamos a nós mesmos, abandonamos sonhos, pesadelos, medos, vontades e nutrimos esperança.
Por amor, dançamos a roda viva da vida sem nos darmos conta de que somos o palhaço no circo, o centro das atenções, aquele que faz o outro rir e chorar.
As várias formas de amor e de amar são tão belas e tão amargas como o mel e o fel.
Por amor, já aconteceram até mesmo os crimes na humanidade, tristes e eternos, como a morte de Jesus Cristo, como os irmãos Caim e Abel ou os apaixonados Romeu e Julieta.
A humanidade tanto amou que se esqueceu dos limites e de como o amor pode machucar. Quando amamos, estamos embebedados num licor suave e doce, ou seja, um licor quente e que pode nos tirar a razão.
O amor nos deixa cegos, perdidos, sem direção. Ele tira o nosso fôlego e nos sufoca. Ele nos embaraça e nos deixa de saia justa. Ele mostra a direção, mas não detalha o caminho. E, num momento de escolha, vemo-nos numa bifurcação e não sabemos que rumo seguir, afinal para onde nos levará o amor?
A humanidade vive para amar e, mesmo quando o amor mata, mata por amor. São tantas as escolhas que precisamos fazer, as provações que temos que enfrentar, as dores e os abismos que tentam nos destruir, as decepções, o choro a incerteza, a violação da alma, o desencorajamento, o luto, a dor, o medo, o fracasso, a fraqueza, o desânimo e, por fim, a tristeza. Apesar de que assim mesmo continuamos acreditando no amor, esse sentimento de quatro letras que dá sentido à vida.
Há tantas formas de amor e de amar no mundo, que é impossível explicar aqui como elas se manifestam.
Amar o filho, os pais, o ente querido, o amigo, o amor para toda a vida ou apenas passageiro, o bichinho de estimação, a planta, a música, a roupa, a comida, o objeto estimado, determinada causa… ah, o amor tem tantas faces.
Ele brilha por meio dos olhos apaixonados, das bocas que se enlaçam e dos braços que não querem se soltar, dos corpos suados ou apenas de uma lembrança.
O pior dos sentimentos para o amor é a saudade, pois quem vive de amor não sabe esperar. Quem encontra no amor um caminho, precisa de um ou mais pares para seguir, porque seguir sozinho é quase impossível. Quem ama está sempre em busca de algo ou de alguém, está querendo ajudar não só a si, mas ao outro também, então amor não é substantivo, amor é verbo que pode ser conjugado em mais de uma pessoa: eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam. Veja, sinta a beleza nessas conjugações, quantas formas de amor existem há tempos. Veja como é bonito conjugar o verbo amar. Sua praticidade nem sempre acontece deveras, é fato, porém não existe um único ser vivo que não tenha experimentado em sua existência uma forma de amor. O amor está nas coisas mais simples, desde observar uma formiguinha caminhando até sua rainha cumprindo seu dever diário até as mais complexas tarefas, como o fato de o homem poder habitar na Lua, afinal têm sido anos de dedicação e estudo. E se isso não é também uma forma de amor, o que seria então?
Em contrapartida, é sobre o amor corriqueiro que eu desejo escrever, esse amor de todos os dias, aquele que é preciso se renovar sempre. Sobre o amor que dedicamos a nós mesmos ao ter coragem e levantar da cama para mais um dia de batalha, do amor pela nossa família e pelos nossos amigos, do amor pelo nosso trabalho, do amor pela nossa vida, do amor a Deus, que nos ofereceu a oportunidade de recomeçar mais uma página em branco para ser escrita.
Isso parece tão familiar, mas é assim mesmo que tem que ser e, ao ler estas singelas palavras, você provavelmente se perguntará: o que há de tão especial nestas linhas, neste tema? E eu lhe responderei de forma simples: amor, só amor!
O amor é capaz de curar qualquer tipo de dor, ele pode vencer qualquer barreira, qualquer dificuldade, ele tudo pode e tudo realiza quando feito com o mais puro sentimento, aquele que vem da alma.
Sem amor, a humanidade já estaria extinta como mais uma dentre todas as espécies já existentes. Ele pode transformar o trivial em necessário e fazer de nós seres completamente preenchidos ou vazios de tanto amar. Por isso não deixe para depois, ame agora, abra seu coração, declare seu amor quantas vezes forem necessárias e possíveis. A vida é um sopro e só quem ama é capaz de compreender essa brevidade. Só quem ama pode completar a vida com cores alegres e radiantes capazes de ofuscar as trevas e toda a maldade.
Jogue-se bem fundo, encha o peito de ar, pule do lugar mais alto, grite o quanto puder as palavras “eu te amo”. Você nunca poderá se arrepender de viver um grande amor com a intensidade e a verdade que ele merece.
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O tempo vai passar, talvez a velhice chegue para uns e, para outros, o findar da vida seja breve e cruel, porém infelizes daqueles que não se dão ao prazer de experienciar a troca do amor.
Quero finalizar meus versos imbuída do mais puro dos amores e dedicar este pequeno capítulo à forma mais linda de amor, de amar. Por isso a todas as vítimas da Covid-19 os meus mais sinceros sentimentos!
Termino meu texto com um trecho bíblico, que acabou se transformando em uma linda música, pois ela, claro, fala de amor! Aproveitem a leitura e não se esqueçam nunca de amar!
“Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.”