Adoção Convivendo

Amor sem Fronteiras: Histórias de Adoção e Esperança

Criança com desenho de família. Conceito de Adoção.
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Escrito por Caroline Fonda

A adoção é um ato de amor que envolve assumir a responsabilidade de cuidar e guiar uma criança para a vida toda. Este processo, supervisionado pelo Estado, é complexo e pode levar anos, durante os quais as crianças aguardam por um lar. Com histórias inspiradoras como a de Grasiela Schmitt, que espera por seu filho adotivo, a adoção mostra-se uma jornada de paciência, amor incondicional e compromisso.

A adoção é um ato de amor. É o momento em que alguém decide abrir o coração e a casa para receber uma nova vida, um serzinho que precisa de acolhimento e carinho. Mas a adoção não é uma simples decisão; é um processo complexo com muitas camadas, repleto de desafios e questões emocionais. O mais importante é entender que a adoção não é apenas sobre trazer uma criança ou adolescente para casa, mas sobre assumir uma responsabilidade para a vida inteira, comprometendo-se a amar, cuidar e guiar.

Quando falamos de adoção, temos quatro lados envolvidos: os pais biológicos que não querem, não podem ou perdem o direito de ficar com seus filhos; as crianças e adolescentes que estão sem lar e sem pais; as famílias ou pessoas que querem adotar; e o Estado, que organiza e supervisiona todo o processo de adoção. Este processo pode levar anos, e, enquanto os futuros pais adotivos enfrentam uma longa espera, são as crianças e adolescentes que realmente sofrem, muitas vezes vendo seus direitos fundamentais serem negligenciados durante o processo.

A advogada Dra. Daniela Chiapetta, que atua em Direitos Humanos, explica que a institucionalização das crianças deveria ser temporária, com um limite de 18 meses conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente. No entanto, a prática muitas vezes não segue essa norma, e as crianças acabam passando anos em abrigos, sem ter uma família para chamarem de sua. É uma realidade difícil, que exige paciência, persistência e fé por parte de todos os envolvidos.

Bonequinhos de madeira ao lado de martelo de Juíz. Conceito de direito de família e adoção.
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No entanto, há iniciativas que trazem esperança. O Programa de Apadrinhamento, criado em 2017, oferece um pouco de apoio familiar às crianças que estão em abrigos, criando uma porta para que o afeto possa se desenvolver, ajudando a romper barreiras e preconceitos que impedem a adoção, como a cor, a idade ou a origem.

Ao olhar para este cenário, fica claro que o sistema tem falhas, mas também existem pessoas dispostas a fazer a diferença. Uma dessas pessoas é Grasiela Schmitt, nossa entrevistada, que está grávida há 38 meses. Grávida do coração, ela está esperando para adotar um menino entre 3 e 6 anos. Grasiela compartilha sua jornada conosco, desde o início do processo de adoção até a espera ansiosa pelo telefonema que mudará sua vida.

Para Grasiela, a adoção não é apenas uma decisão, mas um reencontro de almas. Ela conta que o desejo de adotar começou quando tinha 10 anos, ao visitar um orfanato com sua mãe. Foi ali que uma criança agarrou-se às pernas de sua mãe, implorando para ser levada para casa. Foi um momento impactante, e ela decidiu naquele instante que queria adotar um dia. Para ela, a adoção é um ato de amor incondicional, uma decisão de compartilhar tudo o que tem para suprir a carência do outro.

Grasiela também fala sobre os desafios da espera, comparando-os com uma gravidez biológica. Há inseguranças, angústias e a incerteza de não saber quando o filho vai chegar. Ela sonha com o dia em que seu filho estará em casa, em que poderá começar a planejar um futuro juntos. Enquanto isso, ela participa de grupos de apoio e faz trabalhos voluntários, mantendo-se conectada ao processo e se preparando para ser a melhor mãe possível.

Mulher feliz com filhos pequenos adotados em fundo colorido.
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A adoção é um caminho cheio de obstáculos, mas é também uma jornada de amor e dedicação. Ela exige paciência, determinação e, acima de tudo, a capacidade de amar sem condições. Grasiela conclui sua entrevista dizendo que a adoção é uma missão espiritual, que vai além do simples ato de ser pai ou mãe. É um compromisso de vida, uma promessa de dar amor e criar laços com alguém que talvez nunca tenha experimentado esse tipo de carinho.

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A adoção é um chamado ao amor, à empatia e à compaixão. É a resposta para crianças e adolescentes que precisam de um lar e de alguém para chamarem de família. Se você está pensando em adotar, lembre-se de que o processo é longo e difícil, mas o resultado é algo que não tem preço: o amor incondicional entre um pai ou mãe e seu filho. E, se precisar de inspiração, pense em Grasiela e em todas as outras pessoas que abriram seus corações para adotar. Porque, no final, a adoção é uma das formas mais belas de amar.

Sobre o autor

Caroline Fonda

Carol é uma mulher em constante transformação, conectada com seu propósito espiritual e profundamente inspirada por sua jornada de fé. Depois de alcançar grandes conquistas como empreendedora e viver experiências em diferentes partes do mundo, ela se deparou com um vazio interno que nenhuma realização externa conseguia preencher. Em um encontro inesperado com Jesus, encontrou a cura, o amor e o direcionamento que procurava, redefinindo seu caminho e suas escolhas. Hoje, compartilha sua jornada de autoconhecimento, fé e cura emocional.