Antes de começar este artigo, quero explicar quem são os millennials, pois muitas pessoas são, mas não sabem. Millennials são pessoas que pertencem à geração Y, ou seja, todos aqueles nascidos entre 1981 a 1995. Essa geração também é, eventualmente, identificada como “geração do milênio”, “geração da internet” ou “nativos digitais”. É uma geração divisora de águas.
Os millennials, pioneiros na revolução tecnológica que mudou tudo, criaram uma nova forma de relacionamento, mudando os hábitos, atitudes e comportamento no ambiente de trabalho. Diferentemente das gerações anteriores, para as quais a experiência demonstrava capacidade, e o mais importante eram a hierarquia e as formalidades, agora, os jovens entre 19 e 30 anos questionam as regras, empreendem e se sentem autênticos sofredores do seu trabalho. Consideram indispensáveis, e quase 60% deles precisam que seus chefes e seus companheiros estejam conscientes do seu compromisso e esforço, a tal ponto que se sentem culpados por tirar férias. Os interesses são contrários ao dos pais da geração X, quando as necessidades tinham mais a ver com patrocinar, tentar viver melhor ou simplesmente ter vida pessoal. Era uma geração do prover, na qual ter um trabalho de carteira assinada e 13° salário era segurança. Hoje, vemos que não é bem assim, embora algumas pessoas ainda pensem dessa forma, a maioria não pensa desse jeito. O empreendedorismo vem crescendo bastante nos últimos três anos, principalmente entre as mulheres, que preferem ter qualidade de vida e convívio com a família.
O papel da ansiedade
As duas gerações anteriores se preocupavam mais em subsistir, já essa geração pensa em como provar que é útil, em como deixar um rastro. Ela tem uma grande preocupação em ser reconhecida por aqueles que estão ao seu redor e, muitas vezes, buscam isso acima de sua saúde mental e se sentem culpados se não conseguem alcançar o seu objetivo. Como consequência dessas atitudes, vem crescendo o número de pessoas com ansiedade, estresse e outros problemas psicológicos. Causando, assim, sintomas preocupantes entre pessoas de várias idades e com causas diversas. Muitas vezes, achamos que é uma doença física, pois a ansiedade causa tal sensação.
O fato de que a geração anterior não conseguiu compreender as preocupações e os problemas que eles enfrentam e, muitas vezes, até criticando as angústias dos “millennials”, faz com que os problemas mentais piorem.
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Os anos 2000 vieram com um gás total para a internet. Essa geração e as posteriores começaram a viver em função de likes, tuítes e seguidores. A necessidade da aceitação, a aceleração dos compromissos e o aumento de tarefas vêm causando o “bug no cérebro”. Dando um enorme espaço para a ansiedade e suas causas, que são: falta de ar, insônia, agressividade, dor muscular, indecisão, baixa concentração, preocupações frequentes, pensamentos repetitivos e catastróficos, formigamentos, coração acelerado, procrastinação, impulsividade, dificuldades para falar, tristeza, nervosismo, irritabilidade, medos irreais e impaciência. Se você se identificou com esses sintomas, aconselho a procurar um especialista. Alguns planos de saúde já estão aderindo ao tratamento devido ao seu crescimento. Não se descuide e nem deboche de alguém que sofre de ansiedade, pois é uma doença séria e muitas vezes a pessoa nem sabe que sofre da doença.