Junho é o mês em que celebramos três festas ligadas às tradições religiosas cristãs. Porém, se começamos a pesquisar as reais origens destas festas, verificamos que há uma raiz oriunda do antigo paganismo.
As “festas juninas” chegaram ao nosso país trazidas pelos colonizadores portugueses. Estes, por sua vez, adaptaram as tradições ancestrais quando a religião católica tornou-se a religião oficial. A maior parte das antigas crenças encontraram abrigo na nova religião imposta, simplesmente se adaptando a elas.
O paganismo e sua cultura nunca deixaram de influenciar os costumes populares, sendo incorporados às festas religiosas cristãs. Notadamente no norte de Portugal e Espanha, povos celtiberos (celtas e ibéricos), que habitaram a região, deixaram seu legado permanente.
Com a sobrevivência dependendo dos frutos da terra, os ciclos naturais eram estritamente observados e comemorados pelos povos antigos. Para os celtas, o ano era dividido em oito grandes festas, e em junho era comemorado Litha, o festival do meio do Verão.
No hemisfério Norte, o dia mais longo do ano (solstício de verão), 20 de junho, notamos que o sol está no seu zênite, equilibrando as forças da escuridão e da luz. As forças da natureza chegam ao auge da fertilidade.
O deus celta Lugh (deus da Luz, da guerra, da medicina e das artes) estaria cada vez menos presente durante os próximos seis meses, pois a luz solar ia declinando cada vez mais no horizonte, tornando as noites mais longas e trazendo novamente a escuridão do Inverno.
Na mitologia celta, Lugh atingia nesta época do ano a sua maturidade; já havia fertilizado a Mãe Terra e iria começar sua lenta caminhada ao “País do Verão” (o “paraíso”), para desaparecer durante o Inverno. Nesta época do ano Lugh já havia garantido a maturação das sementes, a colheita (celebrada com um grande festival em 02 de fevereiro) e o fornecimento de grãos para o próximo plantio; seu “envelhecimento” e gradual desaparecimento dava lugar ao inverno, mas esta “morte” não era definitiva: ele retornaria para o ciclo seguinte. O próprio nome deste deus significa “LUZ”, e representava o triunfo da luz sobre a escuridão.
Pulava-se sobre fogueiras para estimular a fertilidade, a purificação, a saúde e o amor. O fogo representava a luz do Sol, sendo parte importante desta festa. Quanto mais alto pulassem, mais suas plantações cresceriam. Também o gado passava entre duas grandes fogueiras, assegurando sua purificação, saúde e fertilidade. Vemos como isto foi incorporado nas festas cristãs, principalmente no dia de São João, onde a fogueira é a atração principal.
O Reiki Celta trabalha com a energia da manifestação da Mãe Terra, fazendo a correspondência entre árvores e o antigo alfabeto Ogham. Nesta época do ano, a energia dominante é a do Carvalho, a mais importante árvore do druidismo celta. O próprio nome dos sacerdotes celtas, “druidas”, tem sua origem nesta árvore, chamada “duir”; o significado da palavra é “porta”.
O Carvalho é uma árvore muito grande, e sua imponência inspirava o respeito e reverência. Suas dimensões transmitem uma sensação de força e resistência. Regentes nobres das florestas ao seu redor se realizavam julgamentos, declarações de guerra e paz, celebrações e festividades. Por sua longevidade, o carvalho representava a vida ancestral de toda comunidade.
Durante uma sessão de Reiki Celta, DUIR é a energia que abre portais entre as sutis dimensões ao nosso redor. O trabalho com este símbolo permite o acesso aos registros akáshicos, pessoais ou grupais (são os arquivos etéricos onde está registrada toda a história: passado, presente e futuro).
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DUIR traz estabilidade nos momentos de conflito, fortalecendo o emocional e o mental para a ação e resolução de problemas. Se alguma situação parece nebulosa e sem saída, este símbolo irá trabalhar para trazer soluções.
Por causa de sua altura, geralmente o carvalho atrai muitos raios durante as tempestades, especialmente se estiver isolado em um campo. Esta força de luz brilhante, que traz também a destruição, também pode ser evocada ao se utilizar DUIR, a fim de incrementar o poder pessoal de cada um e para dissipar antigos padrões e hábitos nocivos arraigados em nosso viver.
Fontes
O significado do carvalho no reiki celta
“Guia Prático da Wicca” – Lady Sabrina – Ed. Novo Século
“Explorando o Druidismo Celta” – Sirona Knight – Ed. Madras