Autoconhecimento Comportamento Convivendo

Apenas ouvindo a dor da solidão

Imagem de uma mulher sentada no banco trazendo o conceito de solidão.
Bepslabor / Canva

A dor da separação é avassaladora, deixando um vazio difícil de preencher. Sentimo-nos presos ao passado, buscando consolo na solidão. No entanto, esse momento também pode ser uma oportunidade de autodescoberta. A dor é transitória e deve partir para que possamos seguir em frente e reencontrar nossa paz.

Em momentos de profunda dor emocional, como o fim de uma relação que já foi fonte de afeto e companheirismo, muitas pessoas se veem imersas em um abismo de solidão. É como se a separação arrancasse algo de dentro, deixando um vazio que, por mais que tentemos preencher, continua a nos assombrar.

O que antes era uma companhia, agora é um eco distante que reverbera em cada canto de nossos pensamentos. Nessa condição, é comum que nos sintamos paralisados, incapazes de seguir em frente, presos ao que fomos e à perda que nos define naquele momento.

A dor da separação é, sem dúvida, uma das mais intensas que podemos experimentar, como bem disse Gibran, “a dor emocional é a maior delas”. Mas há algo importante que poucos se dão conta: somos também nossos próprios médicos. E Freud falou muito do quanto o desamparo das perdas nos aniquila, e nos prostra como um escravo diante de um tirano. Uma parte de nossa alma é como que,”amputada”

A psicanálise e outras linhas de pensamento afetivo veem a dor emocional não apenas como algo devastador, mas como uma força que nos desestabiliza, que nos deixa vulneráveis e, muitas vezes, em busca desesperada de consolo.

Quando enfrentamos a dor da solidão, buscamos abraços ternos que nos acolham, que nos façam sentir que a dor é passageira, que existe um porto seguro para nos refugiar. Esse desejo de amparo é absolutamente humano e compreensível. Não há vergonha em querer que alguém nos diga que está tudo bem, que vamos conseguir seguir em frente, que a dor vai passar.

Ficar sozinha, “ouvindo nossa solidão”, tem seu lado bom. Pode ser uma chance de refletir, de entender melhor a dor, de se reconectar consigo mesma.

É como se a solidão fosse uma companheira que, ao nos tomar nos braços, nos desafia a olhar para nós mesmos de uma maneira mais profunda. Há algo de terapêutico nesse isolamento, uma possibilidade de encontrar forças dentro de nós, mesmo quando o mundo à nossa volta parece vazio.

Como diria o ex-participante do antigo Big Brother Brasil, “faz paite”. Esse é um processo doloroso, mas também vital. A solidão, muitas vezes, é uma das primeiras lições de autodescoberta.

No entanto, toda dor, por mais intensa e visceral que seja, precisa, eventualmente, fazer suas malas e ir. Não podemos permanecer a vida inteira consumidos por um sofrimento que nos impede de viver. A dor, como um visitante incômodo, deve aprender a partir.

Imagem de um homem sentado se sentindo solitário.
Ozgurdonmaz / Getty Images Signature / Canva

E nós, como protagonistas de nossa própria história, precisamos aprender a deixá-la partir. Mesmo que, como diz Roberto Carlos, “sem lenço, sem lenço branco na partida”, como a despedida de um amor que já não tem mais lugar em nossa vida. Às vezes, a dor é um aviso de que algo precisa ser transformado, de que a vida exige movimento.

O processo de cura exige que tomemos a decisão de seguir em frente, de abrir espaço para novas possibilidades e para o reencontro com a própria paz interior.

Portanto, se você se vê diante dessa dor, ouvindo sua solidão, saiba que esse é apenas um estágio do processo. A dor, como tudo na vida, é transitória. A aceitação de que ela vai embora, por mais difícil que seja, é a chave para a renovação.

Não se afaste da sua dor, não fuja dela, mas permita que ela se vá, para que você possa seguir em frente, com mais força e entendimento sobre si mesma. A vida não vai parar e, ao invés de permanecer à espera de um amor que se foi, você se reencontrará, mais forte e mais inteira.

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Sobre o autor

Janio Ferreira Costa (Psicanálise Online)

Olá, sou Janio psicanalista, estou feliz por estar aqui. Fazer terapia é ler a si mesmo.

Trabalho com sessão online com adultos, veja meus contatos no final deste artigo. Grato.

Acredito que você é uma pessoa de grande valor e que nasceu para um propósito; dentro de você há um rico depósito de habilidades, mas a vida acontece e surgem situações que obscurecem a visão da gente, fazendo com que você sinta que "não vale a pena". Com isso pode vir a ansiedade ou uma série de transtornos.

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