Autoconhecimento Convivendo

Arte como transformação

Lápis de cor, lupa e tintas em mesa de madeira
123RF | Jozef Polc

Ao acessarmos nossa memória, encontramos lembranças de nossas brincadeiras envolvidas com lápis de cor, giz de cera e outras ferramentas que nos permitiam literalmente “pintar o 7”. Nossas primeiras formas de comunicação passeiam entre palavras recém-aprendidas e rabiscos criativos, ações que geralmente são pouco interpretadas ou valorizadas pelos adultos.

A verdade é que esses pequenos lapsos de arte dizem muito sobre os pequeninos. São um dos nossos primeiros meios de comunicação e reinterpretação do mundo que estamos recém conhecendo. Os desenhos de improviso, ou direcionados de acordo com a necessidade, são muito usados em sessões de psicólogos e arteterapeutas. Por aí já não seria um sinal para prestarmos mais atenção no que os baixinhos e até grandinhos querem dizer ou fazer sentir com arte?

Menino com tintas misturadas no rosto e nas mãos sorrindo
Sharon McCutcheon / Pexels

A verdade é que o “fazer arte” é muito pouco incentivado. O que é aceitável como uma “brincadeira infantil” vai se tornando uma perda de tempo ou tarefa pouco rentável, já se pensando na projeção de ser um adulto “bem-sucedido” e com um emprego aceito e reconhecido pelo olhar capitalista. Nesse movimento repressor, vamos perdendo a naturalidade que a arte nos apresenta e a criatividade saudável que ela nos ensina de uma maneira tão orgânica: fazendo arte com as nossas próprias mãos, o “faça você mesmo”.

Sem apego ao que pode ser discutido como bonito ou feio, se expressar artisticamente vai nos levar a entrar em contato com aquela criança interior que está apenas esperando uma oportunidade. Quais os benefícios disso? Desenvolvimento cognitivo, processo que conseguimos desenvolver nossa capacidade intelectual e emocional: linguagem, pensamento, memória, compreensão, percepção etc. Por que isso é tão importante? Vivemos na ansiedade, na busca pela perfeição, num mundo digital e acelerado que nos dita diariamente “o que fazer” e “como fazer” sem pensar se faz sentido pra nós ou não. Fora as nossas relações pessoais e profissionais que precisam de melhorias, com mais empatia e respeito pelo outro. Parar e ter um tempo com você e esse artista interno te lembrará que o primeiro lugar que precisa ser cuidado é dentro de nós, assim cuidaremos melhor do mundo ao nosso redor.

Assim podemos trazer mais sentido naquilo que escolhemos pra dentro de casa, sem tanto apego ao que está na moda, e sim naquilo que pode nos despertar sensorialmente: um quadro pintado por um amigo artista, uma toalha de crochê feita pela menina do bairro ou pela sua querida avó e assim por diante. Ter arte em casa, independente do valor ou status, eleva o nosso olhar e consequentemente a nossa alma.

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Ressaltamos que fazer arte não está só em desenhar mas em muitas atividades como: na composição de uma música, de um texto feito com o coração, uma comida carinhosa feita para quem se ama, um arranjo de flores na mesa de jantar, uns passinhos novos de dança aprendidos ou improvisados. Tudo pode virar arte. Saiba ouvir o seu coração. Arte é saber interpretar aquilo que vivemos e sentimos.

Sobre o autor

Design IN Equilibrium

Tarcísio Benevides

Sou artista visual, designer de interiores e gráfico. Nasci no interior do Ceará e sempre tive gosto e aptidão com as artes. Gostava de desenhar em todos os cantos possíveis da casa e essa vertente sempre se destacou em mim. Com tal obstinação, decidi transformar essa arte pulsante em profissão.

Estudei e trabalhei na área de decoração, com foco em móveis planejados, e como designer gráfico e ilustrador freelancer. Atualmente equilibro todas essas áreas como partes que integram o meu ser humano e artístico.

Ao lado da Chris, projetei a Design In Equilibrium, com o objetivo de atender não somente a parte estética dos ambientes, mas a sua energia e o quanto isso pode melhorar e transformar as nossas vidas.

Christiane Bachmann

Sou designer de interiores e pós-graduada em comunicação e marketing. Nasci em São Paulo, em uma família europeia com fortes gostos decorativos. Desde pequena, gostava de mudar constantemente os locais dos móveis da casa dos meus pais e criar pinturas variadas. Na adolescência, descobri a ligação com os anjos, os salmos e o poder da mente. Com uma mãe artesã, conheci a aromaterapia e sua prática em produtos naturais. Despertei em meados de 2016 e, desde então, venho estudando técnicas de autoajuda e física quântica. Com o passar do tempo, entre as profissões de administração e comércio exterior, entrei na área de arquitetura e design de interiores, trabalhando com captações e eventos para os profissionais da área, de onde não mais saí. Trabalho também com consultorias de projetos, de cores e de tintas para melhor atender esses profissionais e seus clientes. Ao lado do artista Tarcísio Benevides, repaginamos a ideia de design de interiores com a criação do Design IN Equilibrium, que auxilia nossos clientes a estar em conexão com o essencial, aplicando autoajuda e conhecimento por meio de elementos naturais, biofilia, psicologia das cores, ambientação e técnicas simples para a interiorização, não deixando de lado ergonomia, funcionalidade e reformas aplicadas à nossa profissão. Vou transformando vidas e residências com o objetivo de ajuda a prosperar.

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