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As abelhas e os humanos: a dependência de uma espécie

Abelha coletando néctar de uma flor.
Sergey Lavrentyev / 123RF
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Ao saborear um refrigerante ou um doce, na hora de colher flores ou de cultivar uma horta ou até caminhando pela rua, é possível encontrar abelhas. Ainda que existam milhares de espécies, as mais comuns no Brasil são as africanas. São aqueles insetos com listras amarelas e pretas, com ferrão e asas. Ainda que causem medo e alergia em algumas pessoas, as abelhas são responsáveis por polinizar a flora em todo o mundo.

O processo de polinização é a forma de obtenção de alimento para as abelhas, mas, para os ecossistemas, representa muito mais que isso. É o pólen de flores, frutas, grãos e legumes que permite que as plantas se reproduzam. As abelhas realizam a dispersão das partículas reprodutoras e são capazes de renovar o ciclo de grandes plantações.

Sem a ação das abelhas, a reprodução de 80% da flora estaria comprometida. Como são as plantas que servem de alimento para pessoas e animais, com o tempo ambos estariam extintos. Essa preocupação começou a se desenvolver quando cientistas e biólogos identificaram que as abelhas estão correndo um grave risco de extinção.

Abelha vista de perto sobre uma flor, coletando seu néctar.
Pixabay / Pexels

As razões para o desaparecimento de abelhas são o crescente uso de agrotóxicos e pesticidas em plantações, nocivos para esses insetos, e a forma de criação de apiários. De acordo com o que determina a ciência, é preciso que os centros de criação de abelhas tenham uma distância de 800 metros entre cada espécie. No entanto, essa regra não é colocada em prática. Um exemplo disso é a ação da Espanha em relação às abelhas que criam. Apicultores espanhóis tem levado colmeias com abelhas para as florestas que fazem fronteira com Portugal. Assim, as espécies criadas por apicultores portugueses disputam com as criadas pelos espanhóis, dificultando o controle e o desenvolvimento da produção.

Além de serem intoxicadas pelos produtos químicos liberados em plantações, as abelhas competem umas com as outras por serem de colmeias e espécies diferentes. A polinização é prejudicada e, consequentemente, o processo reprodutivo da flora não acontece. Em contrapartida, algumas nações do mundo estão dispostas a interromper esse ciclo de extinção.

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A França foi o primeiro país a banir cinco pesticidas, chamados de neonicotinoides, causadores de mortes de abelhas. Em Londres, na Inglaterra, será criado um corredor de flores com extensão de onze quilômetros, para que as abelhas possam colocar em prática a atividade que sempre realizaram.

Essas iniciativas podem reverter o cenário de extinção das abelhas, mas ainda são necessários outros esforços para que esse problema seja resolvido. O comprometimento internacional com essa causa se faz necessário para que a produção de alimentos em todo o mundo não precise depender de um laboratório. Salvar as abelhas é a única perspectiva para que a alimentação de todo o mundo tenha como base os produtos que a terra fornece.

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