Autoconhecimento Terapias

As histórias que nos contam

Criança lendo livro saindo luzes mágicas
Escrito por Carla Bettin

Já sabemos que tudo o que se cria na mente, se transforma em realidade, e que cada pessoa vive e percebe a realidade partir de suas crenças.

Nossos registros mentais se formaram muito antes de chegarmos aqui.

Em nossas memórias, estão os registros de tudo o que os nossos antepassados viveram, sentiram, pensaram, falaram, etc. Somos uma continuidade deles e dessas vivências.

Até o momento de nosso nascimento, quando éramos um com a nossa mãe, registrávamos as coisas a partir da mente, das vivências e das interpretações dela, mas após o nosso nascimento, mais especificamente a partir do momento em que passamos a experimentar a vida através de nossos sentidos, então os registros ficaram por nossa conta, de como os sentimos e os interpretamos.

Quando as pessoas chegam ao consultório para uma terapia com a intenção de harmonizar algo em suas vidas, elas trazem uma história.

No decorrer da entrevista de anamnese, vamos tomando nota dessas histórias, que muitas vezes foram contadas por alguém da família, pelos pais ou pela forma como a própria pessoa a enxerga, interpreta ou deduz.

As histórias são como um mapa, ou peças de um quebra-cabeça. Mas também podem ser obstáculos.

Livro aberto com marcador de página no meio

Há de se ter muita cautela, pois as histórias muitas vezes chegam recheadas de julgamentos, de interpretações exageradas, de sentimentos e ressentimentos que acabam afastando a pessoa da realidade.

Ao tomar partido das histórias, a pessoa pode muitas vezes se perder em meio à acusações, buscando encontrar culpados ou inocentes, tudo isso muitas vezes inconscientemente.

É preciso entender como a mente funciona e ouvir as histórias com um olhar de observador, um olhar consciente, com o intuito de identificar onde estão os emaranhados que podem estar causando algum desequilíbrio e impedindo a vida de fluir.

Silhueta de criança lendo livro com pôr-do-sol ao fundo

O amor dentro de um sistema, de uma família, precisa de uma ordem para fluir livremente, e sempre que esta ordem não é respeitada, há um rompimento desta energia, manifestando como consequência então, um desequilíbrio ou uma desarmonia.

Muitas vezes, aquele que está mais consciente percebe que há algo fora de ordem, ou sente na pele as consequências deste desequilíbrio e então vai atrás de respostas, é aquele que geralmente chamamos de “buscador”.

Para resgatar o equilíbrio do sistema, é preciso identificar onde o amor deixou de fluir. Ao se conectar e tomar partido das histórias, o buscador pode conectar-se emocionalmente com elas e se perder inclusive de sua busca, que é abrir caminhos para que o amor volte a fluir.

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É preciso estar ciente do seu lugar no sistema e de sua intenção positiva de resgatar a ordem e o equilíbrio.

Todos nós estamos conectados por este amor, basta abrir caminhos para que ele encontre o seu lugar, assim como nós temos o nosso lugar dentro do nosso sistema, e damos o direito de cada pessoa olhar para a sua história da forma como lhe é possível. Assim poderemos também ser livres para olhar para a nossa própria história, e seguir o nosso próprio destino.

Sobre o autor

Carla Bettin

Área de atuação e prática: reprogramação mental, ressignificando crenças limitantes, identificando suas origens dentro do sistema familiar.

Acompanhamento gestacional para casais que tenham a intenção de uma gestação e parto mais consciente e humanizado.

Análise da tabela familiar, observando padrões repetitivos.

Constelação familiar.

Disponível para palestras, cursos, retiros, atendimentos em grupo e individual.

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Site: carlabettin.blogspot.com
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