Autoconhecimento

As minhas músicas falam muito sobre mim

Escrito por Eu Sem Fronteiras

Fazer música é uma prática que mistura dom e também anos e mais anos de experiência e treinamento dos artistas. O trabalho desses profissionais pode resultar em dezenas, centenas, milhares e até milhões de fãs, de acordo com o talento e também com as oportunidades que tiverem ao longo da carreira. Além da apreciação que as músicas causam nos fãs, elas também geram efeitos no cérebro de algum de nós, inclusive na nossa personalidade.

Estudos já mostraram que as plantas cuidadas ao som de música acabam tendo um desenvolvimento diferente das outras.

Nos humanos não é diferente, de acordo com um estudo da Universidade de Cambridge, que descobriu relações entre os gostos musicais e a personalidade das pessoas. Segundo o estudo, pessoas que têm muita empatia preferem música “suave”, incluindo R&B/soul, música contemporânea para adultos e soft rock – enquanto que aquelas com mentes mais analíticas tendem a preferir música “intensa”, como o punk, heavy metal e hard rock.

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Após a realização de uma pesquisa com mais de 4 mil participantes, questionários de personalidade foram preenchidos por essas pessoas, que também ouviram e avaliaram mais de 50 canções de variados gêneros. Os pesquisadores descobriram que indivíduos empáticos (“empatizadores”) tendem a preferir música mais emocional, enquanto pessoas com mentes mais analíticas (“sistematizadores”) tendem a gostar de música com maior complexidade sonora.

Mas a descoberta dessa relação pode ajudar em alguma coisa? “E, daí?”, questionaria alguém mais cético. Caso seja comprovada a eficácia desse estudo, terapias poderiam ser criadas utilizando a música para o tratamento de indivíduos com variadas personalidades. Por exemplo as pessoas com autismo, que muitas vezes possuem um nível de empatia abaixo da média, mas elevados níveis de sistematização.

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Esse é o lado saudável com o aprimoramento desses estudos. Seguindo pela linha do entretenimento, a relação entre o gosto musical e a personalidade também poderia ajudar na indicação de músicas que podem te satisfazer. Sabe aquelas músicas que você ouve, gosta, mas não sabe o nome? Talvez possa receber indicações e reencontrá-las, afinal, em tese, seria possível identificar os ritmos que mais te agradam. No final das contas, talvez não sejamos nós que escolhemos nossas músicas favoritas, mas sim nosso subconsciente.


• Texto escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras

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