Ahey Aho! Na primeira chave, falamos da autocobrança e do poder de limitação que a falta de paciência conosco pode gerar na caminhada de autoconhecimento e consequente domínio consciente dessa máquina maravilhosa chamada cérebro. Utilizei essa chave para entendermos que nosso cérebro não funciona sob uso de força. Não dá para dizer: “fique quieto! Ande rápido!” e outras formas de imposições coercivas.
O subconsciente não responde à coerção mental. Apenas à aceitação de uma ideia. A Inteligência Infinita do subconsciente sempre sabe o que fazer. Portanto, não há necessidade de esforço físico ou mental para conquistar algo. Tudo o que precisamos é focar e confiar apenas no resultado. Já sabemos que os pensamentos são importantes, mas são as emoções que qualificam nossos sonhos. É a pedra fundamental de qualquer manifestação real. O melhor caminho é o mais simples.
Quando os desejos e a imaginação estão em conflito, a imaginação inevitavelmente ganha a batalha.
Se colocarmos uma faixa de 20 centímetros de largura no chão e dissermos para você andar sobre ela, você o fará com tranquilidade. Mas se colocarmos essa faixa a 2 metros de altura provavelmente pensará duas vezes antes de atravessá-la. Tudo porque sua imaginação já trabalhou as possibilidades de queda.
O esforço mental derrota a si próprio, resultando sempre no oposto do que é desejado. O subconsciente sempre segue a ideia dominante. Usar a força mental é pressupor que há oposição. Forçar uma ideia é obter o oposto do que objetivamos.
Não é o pensamento positivo isolado que gera mudanças. São estados positivos. A imaginação é sua faculdade mais poderosa. Você é o que imagina ser. A mudança é um estado de convicção. Estado positivo é a união dos pensamentos, das emoções e da imaginação, falando uma mesma linguagem, o mesmo foco.
O que você pensa e sente formata a sua vida em todos os aspectos. Se seu foco está em viver apenas o prazer, sinto te dizer que você é um escravo. Prazer é um conjunto de sinais elétricos e endócrinos condicionados ao conjunto de informações agradáveis que vivenciamos. Mesmo as novas sensações de prazer estão ligadas a outras informações anteriormente absorvidas. É a caverna ou a gaiola. Julgando, analisando, experimentando sensações geradas por projeções externas. A Plenitude está onde não vemos. Ela está no vazio. No silêncio interior. O verdadeiro foco está em não ter foco externo. Abra mão dos desejos e encontrará a Fonte de tudo. O Foco que manifesta harmonicamente está na certeza de que somos o todo em tudo. Já falamos sobre isso no primeiro artigo A Caixa Preta é de Carne.
Brincamos de esconde-esconde o tempo todo com nós mesmos. Como fomos adestrados a acreditar no que nossos sentidos externos nos ensinam, esquecemos de acessar outros sentidos escondidos dentro de nós.
Um exemplo muito bacana é a visão cega. Cientistas fizeram um teste com pessoas que tinham perdido a visão. Colocaram uma série de imagens geométricas na tela de um computador de frente para essas pessoas e pediram que dissessem o que viam. Como não enxergavam nada, chutavam. A grande maioria acertou 50%. Uma proporção natural. Depois colocaram uma série de imagens de rostos com expressões e analisaram seus cérebros enquanto falavam o que achavam que viam. Para a surpresa dos cientistas, elas acertaram dois terços das imagens. Repetiram outras vezes e a proporção era a mesma. Na análise cerebral perceberam que as áreas ativadas eram as mesmas de alguém que tinha a capacidade de ver com os olhos. O que estava acontecendo era que, apesar de não ter uma leitura consciente do que entrava pelos olhos, o subconsciente lia da mesma forma. Isso nos mostra que podemos ver sem os olhos. Todos nós temos o sentido da visão cega como chamaram.
Negar o que não conhecemos não significa inexistir.
Somos nós brincando de esconde-esconde. Dizemos: achei! – para o que conseguimos entender ou suportar. E dizemos: mentira! Ou esquece! – para o que não entendemos ou negamos porque dói. Da mesma forma que uma criança. Caímos e levantamos o tempo todo. E cada vez que levantamos, nos tornamos outra pessoa. Dependendo da escolha, recomeçamos a caminhada aprendendo a não cair mais ou a evitar caminhos parecidos por medo de cair novamente.
Na segunda chave falamos da arte de dominar a ressonância de campos. Essa luta de criações equilibradas ou caóticas, esse eterno cair e se levantar e a forma como nos levantamos, gera um padrão vibratório que afeta não apenas nosso interior e nossa realidade, mas também influencia todas as pessoas ao nosso redor. Elas também vibram em frequências de mesma linha vibratória afetando a vida delas e das outras pessoas ao redor, e assim infinitamente. Leia a segunda chave para entender melhor. E tanto a tentativa de coerção mental quanto a ressonância gerada pela vibração das nossas escolhas são determinadas pelo foco que abordamos na continuação da primeira chave.
Mas isso não é motivo para nos sentirmos culpados. O que precisamos é de uma postura de responsabilidade. Só isso já muda o nosso foco tanto interno quanto externo. Todos nós estamos trilhando uma saga rumo ao nosso interior. Todos nós erramos, caímos, nos levantamos, fazemos escolhas boas ou ruins e todos nós terminaremos nossa aventura em nós mesmos. Não dá para fugir da realidade porque tudo acontece dentro de nós. Não dá para fugir das nossas crises interiores porque elas só existem por resistirmos às informações que contrariam nossas crenças.
Nosso foco costuma estar em nossas racionalizações, mas já sabemos que a mente racional só corresponde a 5% da nossa consciência. E é com essa limitada parte que interpretamos nossas memórias. Portanto, não é possível dominar a caixa-preta apenas com a razão. Nosso foco precisa estar em nosso centro eletromagnético, no centro gerador das potencializações dos nossos pensamentos, nosso coração. Como ele é o centro do amor incondicional, quando nosso foco está nesse sol central interior, nos alinhamos à frequência suprema da criação. Quando o amor entra em cena, os pensamentos desequilibrados perdem força e o alinhamento ao padrão harmônico mantém o nosso foco na plenitude. Automaticamente. O conceito de limite perde o sentido de existir e voltamos aos trilhos da unificação com o Todo, que é quem somos em substância e em Consciência. É nesse momento que temos um encontro de amor com a nossa essência e entendemos, em profundidade, que o Plural é Singular.
Não importa o que aconteceu ou o que acontecerá, jamais perderemos o nosso valor ante o Universo. Quer estejamos sujos, quer estejamos limpos, amassados ou inteiros, nada disso altera a importância que temos. Tudo o que importa é saber que nós somos os únicos responsáveis pela nossa realidade. Quando mudamos o mundo muda. E acredite, todas as pessoas que entrarem em sua realidade ou mudarão também ou se afastarão, porque a vibração de saber quem é assusta as pessoas que ainda dormem.
Viver é ser feliz com o ato de viver. Viver é respirar vida em toda a sua plenitude. Como você é Plenitude em substância e consciência, viver é ser quem é.
O grande Mestre Jesus resumiu todos os mandamentos bíblicos em apenas um. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Percebe a ordem em que ele coloca as prioridades? Amar a Deus sobre todas as coisas significa amar a sua Presença Divina acima dos interesses limitados da consciência externa. Amar a si mesmo é amar a nossa Presença e saber que as outras pessoas também são manifestações da Perfeição Divina. Então tudo se resume a Amar a Deus sobre Todas as Coisas. Amar a Deus e ao próximo é amar a si mesmo.
A Terceira Chave é focar no Amor do nosso Sol Central. Mas amor incondicional. Lembre-se que os defeitos das outras pessoas são delas e não te dizem respeito. Se te incomodam, resolva esse senso de julgamento e preconceito dentro de ti. Quando entendermos que o caos que tanto nos oprime também é nossa responsabilidade, entenderemos que nosso foco está potencializando esse caos. Lembre da ressonância. Mas não esqueça de ter paciência. Focar em nosso Sol Central é se amar pacientemente, é amar o próximo, é amar o Todo, é se responsabilizar pelo foco e é buscar esse mergulho interior. Dá medo? Dá. Existem miríades de memórias dolorosas suas e de todas as gerações que te precederam registrados em seu DNA. Cada partícula que compõe a sua estrutura carrega registros de erros e acertos. E só é possível fazer esse mergulho quando nosso foco está em nosso coração. Se olhar com a razão, outros desequilíbrios surgirão com a força do arrependimento, da culpa, da raiva e, sobretudo, do medo que é a raiz de todo desequilíbrio por ser a antítese do amor. Mas, se olhar com a força do seu Centro Motor Universal, a paciência, a responsabilidade, a compreensão, a fraternidade e a plenitude se manifestarão com leveza e glória, porque essa é a sua verdadeira essência.
É por isso que sempre repito:
Onde você foca sua atenção dá poder, e o que dá poder afeta a sua realidade.
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Não espere sentir para viver. Não espere ser amado para amar. Não espere receber para dar. O Universo se molda à frequência que emitimos. Dê, ame incondicionalmente e, quando menos esperar, a Luz começará a entrar, a ignorância se dissipará e a Plenitude será algo natural. As árvores frutíferas não fazem esforço para gerar frutos porque essa é a essência delas. Você não precisa fazer esforço nenhum. Apenas saiba que você é o que é. Você é toda a abundância de que necessita. Essa é a sua única essência. O resto é criação distorcida da sua consciência externa. Por isso que dizemos que quem você procura está te esperando. Seu Eu Espírito aguarda que você dê o comando de permissão. Permita-se ser. Esqueça o ter porque você já tem todas as probabilidades a seu favor.
Em minhas palestras e formações compartilho uma série de técnicas para trabalhar o foco no coração com todas as suas potencialidades de criar uma Vontade Inabalável. E é sobre isso que falaremos em nossa quarta Chave. As primeiras formam o fundamento de preparação para aprendermos a acessar todo o poder da nossa Caixa-preta. Paciência conosco, cuidado com o foco, com o que vibramos e ressoamos, e agora, conexão com o nosso Sol Central. São os princípios da responsabilidade de sabermos que somos seres infinitos. Nas próximas quatro Chaves aprenderemos algumas técnicas de autoconhecimento para nos tornarmos arquitetas(os) do nosso Universo Interior e Exterior. Até lá.
Haja Leveza!!!