Em uma prática de Ashtanga Yoga está convencionado que o estilo de aprender a sequência de asanas e tudo o que ela envolve é de professor para aluno. Um a um. Conhecido como estilo Mysore (nome da cidade na Índia onde se começou a prática de Ashtanga).
Nesse estilo de aula, que começou a ser conhecido mais por meio de Sri K. Patabi Jois (ele sistematizou a prática do Ashtanga Yoga), cada aluno tem uma prática de acordo com o tempo que pratica e suas características físicas. Isso dentro da sequência desenvolvida. Todos estão fazendo a mesma prática, porque a sequência é sempre a mesma, mas cada um no seu tempo, seguindo o tempo da sua respiração.
O aluno aprende primeiro a respiração e depois, dependendo de cada um e de sua prática (constância), muda o número de posturas que vai fazer. O professor não fica guiando a aula e ditando tudo a ser feito o tempo todo. Ele ensina a sequência básica e quando o aluno decora, aí, podem ser passadas novas posturas. E também considerando que cada asana é preparação para o próximo na sequência, por isso se o praticante não o faz com segurança ele para aí, até quando tiver compreendido (fisicamente, emocionalmente) essa postura, uma nova é adicionada a sua prática.
Dessa forma, respeita-se o ritmo de cada aluno e, assim, pode realmente conectar com a respiração, que é o que liga a mente consciente com a inconsciente e proporciona autoestudo e observação do mundo interno.
Além disso traz calma mental, centramento, foco e presença. Para que isso aconteça o aluno precisa tomar responsabilidade por sua prática, prestando atenção na sequência, memorizando-a, tomando responsabilidade por seu bem-estar físico e respeitando seus limites, respeitando sua respiração, respeitando a prática, para não se lesionar.
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O professor, nesse caso, serve como aquele que dá a ferramenta, ensina a pescar, mas quem pesca é o aluno. É nele que está a responsabilidade também de concentrar-se, dar seu melhor e contar as respirações.
Eu, nessa prática, aprendi muito a assumir responsabilidade por mim e a deixar que os meus alunos assumam as deles também. Quando a gente faz isso no caminho espiritual, leva pra vida e tudo fica mais leve e fácil, inclusive os processos de cura de relações e de crenças limitantes.
Vamos parar de falar, e praticar?