Até quando vamos continuar acreditando que sexo é sujo e pecado? Até quando manteremos isso como um tabu? Até quando vamos continuar fingindo que o machismo é ruim somente para as mulheres, para os homens gays, para os seres humanos transgêneros, não-binários?
Até quando vamos continuar fingindo que está tudo bem com nossas vidas, fingindo que não temos contas (dores) para acertar com relação ao nosso passado? Até quando vamos fingir que nossa sexualidade não está distorcida?
Mulheres reprimidas sexualmente, muitas relatando que nunca tiveram orgasmos. Homens com ejaculação precoce e viciados em pornografia.
A base disso é a ideia de que sexo é sujo/pecado, de que mulher deve viver pra satisfazer os homens, de que os homens têm que “pegar” todas as mulheres, de que mulher é puta ou santa, de que homem tem que ser sempre forte e insensível … eu comecei esse trabalho por compaixão às mulheres, aos homens gays e aos transgêneros, porque acreditava que o meu mundo, do homem hétero branco, era o mundo dos privilegiados. Sentia que eu mesmo era uma exceção, porque minha vida, especialmente minha vida sexual, era um mar de merda, até eu começar a falar desses assuntos e começar meu processo de cura.
A cada trabalho me cai mais a ficha de que não têm privilegiados nesse sistema, porque em algum nível estamos todos sofrendo em silêncio, com um sorriso estampado no rosto, fingindo que está tudo bem, com medo do que os outros vão achar. Até quando isso?
Meu próximo trabalho é um retiro em Águas de São Pedro, no Roma Ashram, perto de São Paulo. A proposta envolve yoga, meditação, respiração, reiki, deeksha, entre outras ferramentas, com a intenção de curar nossos traumas de infância e nossa sexualidade. Informações diretamente com a Alessandra Junqueira, proprietária do Ashram e que vai facilitar comigo esse retiro.
Enquanto não nos harmonizarmos com o nosso passado, continuaremos buscando nossa felicidade no futuro, e ela não existe no futuro – só existe quando nos ancorarmos no momento presente.
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