Autoconhecimento

Autoconhecimento

mulher olhando pensativa para o lado
Yaroslav Shuraev / The Yaroslav Shuraev Collection / Canva
Escrito por Luciana Campos

Autoconhecimento”. Embora a palavra esteja em evidência nos últimos tempos, nem todos conseguem entender a grandeza e a profundidade que ela carrega.

Segundo a psicologia, autoconhecimento significa o conhecimento de um individuo sobre si mesmo, mas acho essa uma explicação pobre em relação a tudo o que significa…

O autoconhecimento é um processo de desconstrução de antigas crenças, construção de um novo modo de pensar e agir e, principalmente, de aceitação e amor-próprio.

Quando nascemos e conforme vamos crescendo, somos profundamente influenciados e modificados de acordo com os padrões exigidos pela sociedade.

Entendemos o mundo de acordo com uma visão pré-estabelecida, a partir do meio em que vivemos; da religião, da escola, da cultura, dos nossos pais ou tutores.

O primeiro sinal de chegou o momento do nosso processo de autoconhecimento, eu acredito que seja a NÃO CONCORDÂNCIA.

Muitas vezes, não concordar nos faz enxergar que estamos fora do padrão, por isso estamos errados ou “pecando”, aí somos inundados de dúvidas e medos, mas, na verdade, acredito que esse é o momento em que experenciamos o NÃO PERTENCIMENTO.

Para algumas pessoas, esse sentimento passa despercebido, sem que influencie em nada a sua vida, enquanto outras mergulham com tanta profundidade nessa inquietude, que, se não começarem o “processo”, paralisam, podendo acarretar muitos danos ao longo da vida, tanto emocionais quanto físicos.

Hoje escrevo para as pessoas que chegaram nesse momento de “expansão da consciência”.

Em primeiro lugar, coloque-se como observador de si mesmo, reflita e seja generoso com seus pensamentos, sentimentos e ações.

Esteja consciente, presente e inteiro em toda e qualquer ação, porque isso te conectará com a sua verdade, com a sua essência, com a sua espiritualidade.

Lembro-me de que quando comecei meu processo, eu estava lendo o livro “O poder do agora”, do Eckhart Tolle; para ele, toda a existência é o agora e nada mais existe além, então todos os dias, no caminho para ao trabalho, quando percebia minha mente viajando nas tarefas que tinha que realizar durante o dia, eu me voltava para o volante do carro e pensava: “Agora estou dirigindo, segurando esse volante e, no momento, isso é tudo que eu tenho a fazer”. Até hoje uso esse exercício quando sinto minha mente em fuga.

homem sentado olhando pensativo para o lado
Ariel Paredes / Pexels / Canva

A leitura de livros, artigos e posts que abordam o assunto também me ajudaram muito, além de vídeos de youtubers incríveis, então fica a recomendação…

No livro de exercícios “Um curso em milagres”, de Helen Schucman, tem uma frase que diz assim:

“Uma mente sem treino nada pode fazer”.

Então crie o habito de treinar sua mente sempre!

Medite! Pode parecer difícil de início, porque travamos uma guerra com a nossa mente e tentamos cessar nossos pensamentos, mas quando deixamos os pensamentos fluírem e só observamos, tornamo-nos conscientes de que é só um pensamento, mas lembre-se: atingir um estado meditativo é um processo que pode demorar, mas não desista, porque vai acontecer!

Mas o mais legal é que, se você se observar, vai perceber que medita em momentos inusitados, como quando cozinha, quando arruma a casa, quando dirige, quando toma banho, quando passa um tempo brincando com seu animal de estimação… São momentos em que estamos com a mente vazia, momentos tão valiosos quanto quando você está em posição de lótus, então não os desperdice.

Questione-se! Questões como:

— Será que eu penso assim mesmo?

— Por que eu estou pensando isso?

— Será que isso é verdade ou é uma crença?

— Eu vejo isso dessa forma mesmo?

— Por que estou irritada com isso? Ao que eu associo?

Crie suas próprias questões, sem medo. É tudo entre você e você mesmo, e não estranhe se de repente começar a rir sozinha, porque isso é libertador!

Muito importante: aprenda a dizer “não”! Mas um “não” que te tranqüiliza, porque o não também é libertador. Embora pareça egoísta, acredite: não é!

Quantas vezes fazemos coisas por medo de magoar o outro, digo profissional, amorosa e emocionalmente? Mas você parou para pensar que quando dizemos “sim” para algo que não queremos, estamos dizendo “não” para nós mesmos? Somos seres valiosos e precisamos nos tratar assim sempre!

Eu mesma me afastei de muitos amigos não por achar que sou melhor ou pior que eles, mas porque os nossos pensamentos são diferentes e estamos em outro momento. Melhor do que estar ao lado das pessoas por obrigação ou por medo do que vão pensar ou dizer é respeitá-las a ponto de dizer: “Hoje não serei uma boa companhia”. Quando você estiver com elas por escolha, esses momentos serão muito mais prazerosos simplesmente porque você escolheu estar ali, entende? Faça suas escolhas. Você é responsável por elas!

mulher sentada olhando pensativa para o horizonte
mcredifine / pixabay / Canva

Esteja aberto para mudanças de opinião. Ao contrário do que parece, isso não te faz uma pessoa instável, sem personalidade, mas sim uma pessoa madura o suficiente para aceitar mudanças e construir um novo pensamento.

Escreva! Ou digite, mas coloque suas ideias para fora. Mesmo que te pareçam uma insanidade, pode acreditar que não são! Leiam-se, porque tudo vai fazer sentido, ao menos para você!

Faça uma atividade física! Mas busque algo que você goste de verdade, que te traga alegria e bem-estar…

Fique em silêncio, que é uma maneira poderosa de você ouvir você si mesmo, e sinta, simplesmente sinta. É nesse silêncio que sua intuição e que o Espírito de Deus que habita em você, a centelha Divina, vão falar contigo, então é o momento dos nossos melhores insights. Simplesmente sinta!

Dito tudo isso, entenda… Esse processo não é algo com tempo determinado, mas sim um processo que vai se iniciar por meio de uma decisão que te acompanhará em toda sua vida, então não foque no resultado. Simplesmente aproveite a jornada…

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Mas ouça… Haverá momentos difíceis, pois vamos nos encontrar com o nosso eu mais denso (as sombras). Será preciso olhar para ele e dizer: “Meu filho(a), as coisas não são bem assim”. Ele pode espernear, mas seja paciente… Outras vezes, vamos nos deparar com o nosso eu cheio de dores, cheios de marcas (nossa criança interior). Nesse momento vamos acolhê-la e dizer: “Eu te amo, estou aqui, me perdoe”. Pode ser que ela continue chorando e gritando. Passe um tempo com ela, porque não temos pressa!

Então, aos meus amigos de jornada, eu digo:

Apertem os cintos e boa viagem! Essa será a viagem mais incrível da sua vida.

Lembre-se: você nunca estará sozinho!

Abraço

Sobre o autor

Luciana Campos

Sagitariana com ascendente em Gêmeos, intuitiva, curiosa e questionadora.

Grata a Deus, ao câncer e à depressão, por terem me tirado da zona de conforto e me colocado no caminho do autoconhecimento e da espiritualidade.

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