Autoconhecimento

Autoconhecimento e regulação emocional

Mulher branca agachada.
pure julia / Unsplash
Escrito por Carolina Garcia

Você já pensou na importância dos seus sentimentos e no lugar que eles ocupam em sua vida?

Se alguém te dissesse que é possível um sentimento intenso te deixar doente, você acreditaria? Sentimentos como raiva, medo, frustração, aversão, tristeza, mas também amor, paixão, excitação demasiada, empatia, compaixão, entre muitos outros…

Você já imaginou que tais sentimentos – que não costumam andar sozinhos, pois estão juntos e misturados em nossa mente – podem estar te deixando debilitada de alguma maneira?

Sabe-se que o sentimento em si é sempre um mix de muitas coisas (outros sentimentos), o que torna a compreensão e o reconhecimento ainda mais confusos!

Por exemplo, você está casado(a) e tem o sentimento de amor por esta pessoa. Isso não significa, de maneira alguma, que você não possa vir a sentir raiva, tristeza, medo ou até decepção por esta pessoa. Tampouco isso invalida o amor, entende? Mas ainda assim é preciso identificar cada etapa desse “sentir” para que não te deixe confusa.

Ocorre que, para sabermos identificar nossos verdadeiros sentimentos, é fundamental expressá-los de maneira correta. O que, cá entre nós, nem sempre é uma tarefa tranquila. Falar de sentimentos não é algo fácil. Ao contrário, podemos considerar esse assunto bastante subjetivo!

Mulher branca de roupas de frio na neve.
Julian Hochgesang / Unsplash

Daí toda a necessidade de nos reconhecermos como seres humanos, pessoas simples, que choram e que riem, nascem e morrem como qualquer outro. E nessa jornada magnífica da vida é de grande valia conhecer a própria mente e tudo o que nela acontece. Investir em autoconhecimento é um fator real a não ser ignorado. E para além disso, sacar como nossa mente cria todos esses sentimentos.

No entanto o processo terapêutico de regulação emocional nos ajuda a tolerarmos os afetos a serviço de trajetórias comportamentais profundas e intrinsecamente compensadoras. É muito importante que possamos aprender a expandir nosso repertório de comportamentos, evocando todos aqueles eventos que andam nos causando sofrimento. Afinal, as emoções é que nos conectam com os outros, não é mesmo? E de forma alguma podemos ignorar sua relevância, para que tenhamos uma vida mais saudável em vários níveis.

Algumas técnicas de regulação emocional podem ser:

Começar a perceber e classificar as emoções;

A habilidade de usar as emoções para tomar decisões e esclarecer valores e metas;

Compreender a natureza das emoções, descartando interpretações negativas acerca delas;

A forma como as emoções podem ser manejadas e controladas.

Por isso a melhor maneira de nos avaliarmos e saber a quantas anda nossa vida e sentimentos ainda é pelo autoconhecimento.

A vida, por si só, já faz o papel de nos agraciar com diversas experiências a cada instante, deixando-nos muitas vezes de cabelos em pé, é verdade. E pior: sem saber como lidar com o turbilhão dessas novas sensações no corpo. São experiências boas e também ruins, que podem comprometer e muito nosso bem-estar físico e moral, da hora em que acordamos até a hora em que nos deitamos para dormir. Além, claro, de nossos relacionamentos interpessoais e afetivo-amorosos. E nessa hora é fundamental nos perguntarmos “o que estamos sentindo?”, para que depois percebamos o que aquilo está gerando em nosso corpo e mente, para enfim pontuar: eu preciso realmente desse sentimento?

Mulher branca de cabelos ruivos com a cabeça para fora da janela de carro.
Ilya Shishikhin / Unsplash

Sim, não é tarefa fácil. Mas estar atento a tudo aquilo que é potencialmente gerado dentro de nós, vide as emoções mais profundas e também aquelas mais momentâneas, é algo que merece sim atenção plena e diária. Um diário, quiçá! Eis um exercício realmente poderoso.

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Compreender como nossa mente é capaz de criar tais sentimentos pode ser altamente revelador e também libertador!

Sobre o autor

Carolina Garcia

Minha primeira formação foi em publicidade, à qual sou muito grata, pois por meio dela me engajei na escrita, sempre atenta e observadora do comportamento humano. Ao longo desses quase 20 anos, atuei como redatora, fui colunista de comportamento para alguns sites em 2007, criei um projeto bem relevante voltado ao público feminino em 2014 - o Taco de Mulher - e tive o prazer de publicar uma história infantil nesse mesmo ano.

Sou pesquisadora na área da sexualidade há mais de 15 anos. Mas foi apenas em 2015 que decidi fazer uma pós-graduação relativa a essa abordagem. Em 2017, mergulhei fundo (e até hoje não paro de mergulhar) nos estudos astrológicos. Logo comecei a atender pessoas e sentir imensa gratidão por esse trabalho de autoconhecimento milenar tão rico. Sem dúvida, é minha mais potente ferramenta para adentrar o universo particular das pessoas, com mais afeto e empatia. Como astróloga também estudo outras áreas do ocultismo, como tarot e numerologia, integrando todos esses conhecimentos em minhas consultas.

Em 2019, fiz a formação completa de terapia do renascimento, também conhecida como rebirthing, uma técnica de respiração consciente muito eficaz na redução do estresse e no aumento de energia e de bem-estar, que libera toxinas do corpo (por meio da própria respiração), acessa e transforma a fonte de doenças usando a compreensão dos pensamentos subjacentes e sistemas de crenças que atraíram a doença, entre outros tantos fatores. Uma vez que se entende a importância de respirar adequada e conscientemente, tudo muda.

Isso se conecta diretamente com a terapia cognitivo-comportamental, uma área fascinante e necessária para atendimentos em terapia, que venho estudando com afinco ultimamente.

Acredito que um bom profissional, primordialmente, precisa pensar de forma ampla, mais inclusiva e plural, deixando de lado preconceitos ou julgamentos acerca de seus próprios valores e crenças pessoais.

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