Autoconhecimento

Autocrítica em excesso atrapalha seu relacionamento

Mulher e homem brancos abraçados.
Ilie Micut-Istrate / Unsplash

Por que autocrítica em excesso atrapalha seu relacionamento? Você assistiria a um filme da sua vida, sentado na sala, junto com sua família?

Podemos até mudar a pergunta: você assistiria a um filme de todos os seus relacionamentos, sentado na sala, com a sua família?

Reparem que a palavra “excesso”, eu coloquei entre aspas porque a autocrítica às vezes é necessária para que possamos nos tornar pessoas melhores, porém em excesso pode nos destruir.

Existem pessoas que vivem num perfeito estado de conflito, ou melhor, em autoconflito.

Essas pessoas costumam ser muito exigentes consigo mesmas. Elas colocam patamares e objetivos tão elevados e suas expectativas são tão elevadas que dificilmente elas conseguem alcançar.

Reconhecemos uma pessoa com elevada autocrítica quando percebemos que isso faz parte da personalidade da pessoa.

Nem sempre é fácil perceber quais características estão mais vincadas na nossa personalidade.

O que nos impede muitas vezes de melhorar ou de contornar os obstáculos que querem condicionar a nossa forma de viver ou ter relacionamento com as outras pessoas são as nossas crenças de não merecimento e capacidade.

Quer ver um exemplo da vida real de como acontece o equilíbrio da autocrítica?

Quando uma pessoa me falava: “Nossa, como você está bonita, você está linda!”.

Eu respondia: “Imagina! Você precisa de óculos”.

Ou se alguém dissesse que tinha orgulho da minha pessoa, eu falava novamente: “Imagina, bondade sua!”.

Não, gente! Não é “imagina”. É “muito obrigado”! Gratidão! É assim que temos que responder.

Quando a pessoa elogiava meu cabelo, eu dizia que era graças à minha mãe, que é cabeleireira.

Gente, é meu cabelo! Muito obrigado por você achar lindo!

Eu dei esses exemplos simples para vocês notarem que eu era ingrata inconscientemente com a minha resposta, e o pior: achando que estava sendo simpática com a palavra “imagina”. E as palavras têm poder, gente!

O que é belo para mim pode não ser para você — e o que é belo para você pode não ser para mim.

Mulher e homem negros lavando legumes.
AllGo – An App For Plus Size People / Unsplash

Como sempre falo, não existe bem e mal, muito menos certo e errado.

As pessoas que são muito autocríticas têm um interior bastante ativo, ou seja, uma voz que fala dentro dela, ativa, mais forte que ela mesma.

E essa voz é muito repreendedora, faz a pessoa lembrar constantemente dos seus erros e dos seus pontos fracos.

Então o fato de não conseguir controlar essa voz, que é uma voz castradora, faz com que o fruto do autojulgamento excessivo leve a estados depressivos ou a hábitos e vícios difíceis de largar.

Daí o convívio social se torna uma coisa impossível para quem é autocrítico, porque essa pessoa vai considerar sempre que os outros são melhores, mais capazes, mais competentes, mais bonitos, mais bem-sucedidos e mais felizes. Ou até mesmo em situações inversas, achar-se sempre melhor e superior aos outros, ou então a pessoa pode ficar se perguntando constantemente: “Por que eu não sou como fulano de tal?”. Ou seja, querer ser como o outro!

E cada pessoa tem a sua característica boa ou ruim, por isso nunca podemos desejar a vida do outro. Podemos, sim, querer ter uma vida boa como a vida do outro, e nunca desejar a vida do outro ou ser o outro.

Mesmo que a autocrítica seja o melhor motor de melhoramento e progresso, nem sempre ela é saudável quando é aplicada de forma exagerada.

O esforço por perfeição em certas pessoas é de tal maneira tão desgastante que a pessoa acaba por se sentir exausta, frustrada e desmotivada em todas as áreas da vida.

Sem dúvida, é admirável a gente dar o melhor de si, fazer tudo com amor e maestria, procurar a cada dia ser uma pessoa melhor, porque isso é o que dá sentido quando examinamos nossos resultados negativos, pois faremos melhor na próxima oportunidade.

Porém, mesmo a autoanálise sendo a melhor ferramenta, a autoobservação dos comportamentos nos ensina a superar nossas fraquezas e maus hábitos, então muitas vezes nós podemos nos subestimar por sermos muito autocríticos.

Sem contar que isso é extremamente prejudicial ao sucesso e à boa saúde física e mental, porque prejudica sua autoestima e sua autoconfiança.

Sabe por quê?

Tudo isso que falei até agora está ligado à baixa autoestima e ao perfeccionismo!

Existem alguns sinais que podemos perceber se estivermos sendo autocríticos em excesso.

Os problemas aparecem quando você se coloca no modo de piloto automático no terreno da autocrítica, ou seja, isso se torna um hábito comum e você passa a não perceber o dano que está se fazendo sem querer.

Casal de idosos andando num parque.
Alex Blăjan / Unsplash

Vamos aos sinais e repare se você se encaixa em alguns deles:

Nada é suficiente para você?

Você não é suficiente para nada, ou seja, que nada que você faz é suficiente?

Você acha que as coisas ao seu redor não deveriam ser como é, ou seja, acha que tudo ao seu redor é pequeno, inclusive você mesmo?

Você culpa si mesmo por cada situação negativa?

Você se sente o único responsável quando algo ruim acontece?

Assume rapidamente a culpa de tudo, ignorando outros fatores que, embora externos e incontroláveis, podem estar relacionados com o que ocorreu?

Você tem estado decepcionado consigo mesmo, mesmo que as suas falhas tenham sido coisas concretas e específicas?

Você se sente um fracasso toda vez que faz algo errado?

É incapaz de se concentrar no comportamento que causou o problema e, em vez disso, generaliza?

Você evita correr riscos?

Você não arrisca fazer algo diferente porque sente que vai fracassar?

Acredita que as coisas darão errado novamente, assim como aconteceu em outras ocasiões?

Está convencido de que o melhor e mais seguro é não fazer nada?

Você evita expressar a sua opinião?

Você tem medo de dizer algo estúpido, absurdo e impróprio?

Pensa que o que você tem a dizer não interessa?

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Acredita que o que pensa não será bem aceito ou é uma coisa entediante?

Você nunca está satisfeito com seus resultados?

Encontra falhas repetidamente no que faz?

Pensa que se não fizer algo de forma excelente é melhor não fazer?

Você vê fantasmas em todos os cenários prováveis?

Sempre prevê os piores resultados possíveis?

Você sempre está usando o termo: “E se? E se? E se?”.

Usa isso como forma de desconsiderar todas as opções, vendo sempre o pior em tudo?

O fracasso pessoal é o filtro pelo qual passam todas as suas ações futuras?

Você teme a humilhação e o fracasso e valoriza isso mais que o triunfo e o êxito?

Você tem problema com a sua autoimagem?

Você tem complexos que não consegue largar?

Você acredita que o que os outros consideram como negativo pode te afetar?

Você dá muita importância a como os outros valorizam e a forma como valorizam a estima que têm por você?

A sua imagem pessoal te impede ou pode impedir que você avance social ou profissionalmente?

Você analisa seus erros persistentes, aprofundando-se na culpa?

Gasta muito tempo e energia para analisar o que deu errado se achando o único responsável por isso, sem se dar a chance de olhar para o passado com otimismo?

Mantém-se preso à culpa e ao que falhou, ao que não fez, em vez de analisar alternativas possíveis e focadas na próxima vez?

Silhueta de mulher no colo de homem.
Mary Sill / Unsplash

Você tem comportamento defensivo diante dos cenários da sua vida?

Você se sente chateado quando recebe uma crítica justificada ou construtiva?

Você reage de forma exagerada diante dos comentários dos outros?

Você leva comentários como algo pessoal?

Você tem o hábito de julgar o próximo, antes mesmo de saber seus reais motivos?

Essas perguntas são necessárias na nossa vida de tempos em tempos, para a autocorreção desse mal que leva ao insucesso e a doenças.

A autocrítica intensa e frequente é uma forma de autossabotagem, ou seja, ao criticarmos nós mesmos, fazemos justamente o contrário do que seria saudável para nossa mente, que é o autoconhecimento e o amor-próprio.

O que fazer, então?

Por fazer parte de um território psicológico familiar mais amplo, em que a rejeição, o medo, a opressão e o desmerecimento se tornam algo habitual, ou seja, um fardo que ficamos acostumados a carregar. Com isso, a negatividade se torna um defeito emocional do qual é difícil de escapar.

Então como isso se torna algo familiar, algo seu, você se apega a isso, buscando mais e mais dessa negatividade, mesmo que seja no modo de piloto automático. Até porque isso se tornou tão seu que sem essa negatividade você se sente nu, pelado.

Então, nesse sentido de superar a autocrítica e, com ela, a autossabotagem, é preciso uma consciência maior de si mesmo, ou seja, é necessário se conhecer mais.

E também requer, por meio dessas perguntas, reformular seu diálogo interior sobre o que acontece em você e a seu redor.

Não é porque você se identificou com muitas coisas aqui que você vai se desesperar e pensar que sua vida acabou.

É um caminho longo e entediante, porém é o caminho possível para transformar a autocrítica em autoconfiança.

E isso implica em mudar algumas atitudes.

Em primeiro lugar, reconhecer-se e aceitar que é uma pessoa autocrítica.

Segundo lugar, ao ouvir a voz da crítica em seu interior, aquela vozinha chata que fala no seu ouvido, desvalorize o impulso dessa frustração. Mostre para sua mente que você manda nela, que ela não manda em você.

Mulheres brancas deitadas em grama.
Masha S / Unsplash

Diga a ela: “Quem manda aqui sou eu, eu não vou te escutar!”.

E vá ler um livro, assistir a um filme, olhar uma paisagem, respirar fundo e não dar atenção e poder para essa voz.

Você precisa estar atento aos seus pensamentos positivos, coisas que muitas vezes não merecem sua atenção.

Mantenha a mente aberta para reformular os pensamentos negativos, projetando um futuro positivo e sem exigências e autocobranças.

Passe a cuidar mais da sua autoestima e da sua autoimagem.

Caso uma pessoa me diga que não consegue uma evolução sem um apoio, eu oriento que procure um terapeuta para acelerar o processo da sua autoimagem com a sua perspectiva de comportamento. Tudo isso com foco e força de vontade, é claro!

Você precisa se propor a novos desafios e levá-los até o fim.

Existe um ditado que diz assim: “Diga-me como se vês, que direi como és visto!”.

É a partir da consciência do comportamento autocrítico que as vantagens de transformação e os benefícios que isso te trará te farão sentir a compensação do esforço de mudança. Ou seja, por meio de atitudes você combaterá seus pensamentos negativos, porque eles terão que se disciplinar, terão que se habituar a uma dinâmica de vida mais leve, positiva e prazerosa.

No fundo, tudo tem a ver com a forma como a pessoa se vê e se sente, alterando e melhorando radicalmente a forma como é vista pelos outros.

Até porque é como costumam dizer: “Se eu não gosto de mim, quem gostará?”.

Nós falamos muito aqui sobre entender o universo masculino, mas a chave quântica de uma mulher consciente, falando muito resumidamente, é parar com o julgamento e o autojulgamento, ou seja, com a crítica e a autocrítica!

Gente, é simples: é se colocar no lugar do outro. Esse é o segredo!

E o que tudo isso tem a ver com relacionamentos e com a pergunta que eu fiz lá no início?

Você aceitaria assistir a tudo que você fez nessa vida, inclusive aos seus relacionamentos, no sofá da sala, sentado junto com sua família?

Eu duvido que, ao ser sincero consigo mesma, a maioria das pessoas aqui não foram autocríticas.

Sabe por quê? Ao fazer uma dinâmica dessas suas primeiras preocupações, é o que o outro vai pensar de você.

A pessoa autocrítica se preocupa muito com o julgamento do outro. Por quê? Porque ela julga demais.

Porém quando o julgamento e o autojulgamento são colocados de lado, a pessoa não tem medo de assistir tudo que ela fez nessa vida, porque sabe que deu o melhor que ela tinha.

Hoje, estou aqui dando o melhor que eu tenho. Eu não tenho nada melhor do que estou dando hoje. Porém amanhã eu posso me tornar uma pessoa muito melhor e dar melhor ainda. É por isso que eu não me preocupo com o que eu fiz no meu passado, porque ali, bem ou mal, dei o melhor de mim. Era o melhor que eu tinha para dar. Ninguém quer dar o seu pior. Todo mundo quer dar o seu melhor.

E como será que eu, Eliana, responderia a essa pergunta?

Poderia assistir, sim, mas não gostaria.

Isso seria uma resposta legal, porque eu não estou preocupada com o julgamento do próximo. Porque a partir do momento que eu não julgo o próximo, o julgamento que ele tem de mim não me importa.

Este texto foi escrito por Eliana Fagundes, psicoterapeuta vibracional quântica

Associada à ASITEQ.

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Instagram: @elianafagundes_terapeuta

Sobre o autor

ASITEQ - Associação Internacional dos Terapeutas Quânticos

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